Levantamento realizado pela equipe técnica epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontou que o lixo é o depósito predominante (61%) de criadouros do mosquito da dengue. Dos 81 municípios vistoriados, foram constatados que entre os principais criadouros estão os depósitos elevados ligados à rede pública (1%), como caixa d’água; depósitos passíveis de remoção (3%), como pneus; pequenos depósitos (12%), como vasos/frascos com água; e depósitos ao nível de solo para armazenar água (23%), como tambor e cisternas.
“Depósito predominante é todo recipiente utilizado que armazene ou possa vir a armazenar água, seja ela pela ação da chuva ou pela ação do homem, e onde a fêmea dos mosquitos do gênero Aedes, aegypti e albopictus, utiliza para depositar seus ovos”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Flávia Guimarães.
As chuvas favorecem para a proliferação do vetor e, por isso, é importante que a população continue adotando medidas de remoção dos criadouros nas residências. De acordo com a coordenadora o controle da dengue é uma ação continuada na Saúde do Estado. “As equipes técnicas da SES, junto com os municípios, vem monitorando semanalmente a progressão dos casos e desencadeando ações de combate e prevenção ao mosquito”.
A ameaça representada pelo mosquito Aedes é ainda maior, já que também transmite a febre chikungunya, uma doença ainda mais agressiva, com sintomas semelhantes à dengue e com casos confirmados no Brasil. Por isso, o cuidado deve ser redobrado.
A secretaria recomenda alguns cuidados simples que podem ser tomados por todos em suas residências, para reduzir o risco de transmissão da dengue e da febre chikungunya, como evitar água parada em qualquer tipo de recipiente. Além disso, é preciso manter os quintais e terrenos sempre limpos e as caixas d’águas devidamente fechadas. Recomenda-se que o paciente ao apresentar sinais e sintomas das doenças, deve procurar imediatamente os serviços de saúde e evitar o uso medicamentos sem prescrição médica.
Em Mato Grosso, até a primeira quinzena deste mês, foram registrados 5.903 casos de dengue. Em comparação ao mesmo período do ano passado, quando teve 5.820 casos de dengue notificados, houve um aumento de 1,43%, em todo Estado. Sinop e Cuiabá são os municípios que apresentaram os maiores números de notificações, com 1.126 e 565 casos, respectivamente.
Em relação à ocorrência de óbitos relacionados à doença, sete casos foram informados, tendo uma confirmação no município de Sapezal. As outras seis mortes continuam em investigação.