Os servidores da Assembleia Legislativa se reuniram em assembleia geral, na quinta-feira (16), para o lançamento da campanha salarial deste ano. Segundo o presidente do sindicato da categoria (Sindal), José Antônio, já se passaram 13 anos desde o último aumento real nos salários dos servidores do parlamento mato-grossense.
“Todo ano nós recebemos a correção das perdas provocadas pela inflação com o reajuste por meio do índice acumulado do INPC (Índice de Preço ao Consumidor). Mas já se vão 13 anos sem nenhum aumento real em nossos salários, sem aumento acima da inflação. E a Assembleia Legislativa vive neste ano um momento de certa folga financeira. Fez o teatro, reformou o estacionamento, e agora não está tocando nenhuma obra. Então, pensamos que chegou a hora de promover a recuperação do poder de compra dos servidores da Casa. Por isso lançamos a campanha pelo ganho real em nossos salários”
Na assembleia geral, a assessoria técnica do Sindal apresentou resultado de estudo que demonstra o quanto as faixas salariais dos servidores do Poder Legislativo Mato-grossense se encontram defasadas. Os técnicos pegaram como exemplo as faixas salariais do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que é o órgão auxiliar do Poder Legislativo. Diante delas, os salários de níveis equivalentes na Assembleia Legislativa chegam até a 120% de defasagem.
“Um técnico legislativo de nível fundamental, por exemplo, em início de carreira recebe R$ 1.292,34. Enquanto o cargo equivalente no TCE, o de agente de serviço de apoio II, recebe R$ 2.846,76, ou seja, neste caso o servidor da Assembleia recebe R$ 1.554,42 a menos em comparação com o servidor do TCE”, explicou Edson Pepeu, diretor administrativo do Sindal. O próximo passo da diretoria será realizar uma reunião com a Mesa Diretora da ALMT para apresentar a proposta aprovada na assembleia geral.