O jardineiro Edson de Freitas, 33 anos, foi condenado a 16 anos de prisão, em regime fechado, por assassinar, a facadas, a cantora Eliete Moraes Lucca, em julho do ano passado, no bairro Jardim das Palmeiras. Ele foi sentenciado por homicídio qualificado, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. O jardineiro continua, desta forma, encarcerado no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, onde aguardava o julgamento há mais de oito meses. A defesa informou, ao Só Notícias, que pretende recorrer da decisão.
Conforme Só Notícias já informou, Edson confessou ter cometido o crime ainda durante a fase de instrução processual. Ele disse que assassinou Eliete por ela “tratá-lo com indiferença após o término de um show”, o que fez com que ele fosse embora para casa. Quando a cantora chegou, “travaram uma nova discussão”, oportunidade em que ele desferiu vários golpes de faca contra ela e fugiu do local.
Uma das testemunhas confirmou a versão de que o acusado seria o autor do crime. Em seu depoimento, ela afirmou que “estava sentada na área de sua casa, quando ouviu barulhos vindos da residência da vítima, inclusive um pedido de socorro”. Quando subiu em uma cadeira para observar por cima do muro viu “o acusado lavando suas mãos no tanque” e percebeu que “seus braços estavam sujos de sangue”.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que Eliete foi atingida por dez golpes de faca, sendo alguns no tórax. Um vizinho recebeu uma ligação do acusado pedindo para que ele fosse até a residência de Eliete, pois ambos teriam brigado. Esta testemunha acionou a polícia e a equipe, ao abrir a porta da residência, encontrou a jovem caída na sala, já sem vida. A faca utilizada foi encontrada aos pés dela. A perícia analisou a cena do crime e posteriormente encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML). Eliete trabalhava como cantora em uma banda e se apresentava em bailes em Sinop e região. Ela não era casada e deixou uma filha.