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Nortão: caminhoneiros liberam rodovias provisoriamente e voltam a negociar hoje com governo

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Caminhoneiros e representantes do setor de transporte de cargas estão dando uma trégua ao governo federal, hoje, e não vão bloquear a BR-163 em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Dois representantes do manifesto, ambos de Lucas do Rio Verde, discutem, neste momento, com técnicos do governo federal, em Brasília, as reivindicações do setor. Júnior Boscoli informou, ao Só Notícias, que a reunião deve ir até o final da manhã “quando haverá uma posição concreta sobre possíveis interdições em rodovias do Estado”.

Um dos líderes do movimento afirmou também que as rodovias não devem ser bloqueadas novamente em Lucas, Sorriso e Mutum. “A princípio nosso manifesto nestes municípios acabou, por enquanto. Devemos nos juntar ao povo para um protesto somente no próximo dia 15, contra o governo do Partido dos Trabalhadores”, afirmou.

Há pouco, em Nova Mutum, um dos líderes dos protestos confirmou a trégua. “Decidimos aguardar um posicionamento após essa reunião, que acontece no período da manhã. Se a nossa classe não for atendida, vamos bloquear por completo a rodovia e não vamos permitir a passagem de nenhum caminhão”, disse. Hoje manhã, a assessoria da Rota do Oeste informou que nenhum trecho da BR-163/364, sob sua concessão, está bloqueado.

Conforme Só Notícias já informou, o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência, recebeu, ontem à tarde, em Brasília, caminhoneiros mato-grossenses acompanhados dos senadores Blairo Maggi (PR) e José Medeiros (PPS) que entregaram a pauta de reivindicações da categoria para encerrar os manifestos com bloqueios nas rodovias federais, que completaram hoje 12 dias. O empresário do setor de transportes de Lucas do Rio Verde, Gilson Baitaca, que faz parte da organização do manifesto, disse ao ministro que "paramos como caminhoneiros e não motivados por sindicatos e associações. O setor inteiro do transporte está em decadência há um longo período e chegou no fundo do poço. Agora redigimos um documento, incluindo algumas pautas", expôs.

Ao final do encontro, Baitaca apontou que o ministro assinou a ata de reivindicações. Foi cobrada tabela de preços mínimos para o frete, prolongamento da dívida dos Finames, dos contratos já firmados, a sanção integral da lei dos caminhoneiros que regulamenta a profissão, sem vetos, redução de 5% do PIS/COFINS sobre o preço do óleo diesel, a ‘liberação’ das multas aplicadas aos representantes do movimento de paralisação, entre outras questões.

Ontem, em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop foram realizados bloqueios durante a manhã com pausa de duas horas no almoço, retomada na parte da tarde e liberada à noite.

Nesta segunda-feira, os caminhoneiros não fecharam a rodovia no período da manhã. O bloqueio foi após às 13h, mas liberado por volta das 17h. Como vem sendo feito, apenas carretas e caminhões com cargas não perecíveis (grãos, roupas, eletrônicos e etc) não passavam. Carros, caminhonetes, ônibus e vans trafegavam normalmente. Em mais 5 Estados está havendo bloqueios em rodovias estaduais e federais.

Vários setores da economia foram afetados com o protesto dos caminhoneiros. Um deles é o de combustíveis. Desde a semana passada houve falta de gasolina, etanol e diesel em várias cidades. Em Sinop, a maioria dos postos começou a receber cotas de combustível, no final de semana, para abastecer veículos. Mas a situação preocupante é que continua faltando óleo diesel para atender os produtores que estão colhendo a soja. Os TRRs (revendedores) estão sem estoques e donos calculam que, a partir do momento que os bloqueios acabarem, serão necessários 15 dias para normalizar o abastecimento porque muitas carretas que foram carregar em Cuiabá e Alto Taquari ficaram presas nas filas do manifesto, bem como as que 'voltavam' carregadas.

Também houve falta de gás de cozinha em algumas revendedoras. Para hoje e amanhã é esperada chegada de cargas com centenas de botijões.

(Atualizada às 08h37)

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