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Oficiais entregam notificações e manifestantes podem ser multados; Cuiabá e Mutum liberam tráfego

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Oficiais de justiça começaram a entregar, nesta manhã, as notificações para que os manifestantes liberem o tráfego nos dez pontos de três rodovias federais em Mato Grosso. A assessoria da Polícia Rodoviária Federal informou que as viaturas farão o acompanhamento e, caso os manifestantes não desbloqueiem as pistas, podem ser multados em R$ 1 mil, valor estipulado em decisão. “Outras multas também podem ser aplicadas como, por exemplo, deixar o veículo no acostamento. A situação varia em cada caso”.

A Rota do Oeste emitiu uma nota apontando que os manifestantes acabaram de liberar um ponto de bloqueio, em Cuiabá. “Foi liberado o bloqueio no km 397, da BR-364”. Só Notícias apurou que em Nova Mutum os manifestantes também decidiram liberar a rodovia. Teria ocorrido um princípio de confusão no local entre manifestantes e caminhoneiros que estão na fila. Após uma reunião dos líderes do movimento, eles decidiram abrir passagem para todos os tipos de veículos com cargas até as 14h. Depois deste horário, a pista deve ser novamente bloqueada. Até o momento, os líderes do movimento não foram notificados da decisão judicial de liberar a rodovia. Uma equipe da PRF esteve no local pedindo que os caminhões não ficassem na pista, pois poderiam ser multados.

Ainda restam oito pontos de bloqueios nas três rodovias. Seis estão na BR-163/364 em Rondonópolis, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Outros dois pontos em Primavera do Leste, na BR-070.

Devido aos bloqueios, faltam combustíveis em várias cidades do Nortão, como Sinop, Guarantã, Peixoto, Matupá, entre outras. O estoque de gás de cozinha em algumas também chegou ao fim. A maior distribuidora de bebidas no Nortão, sediada em Sinop, informou, ao Só Notícias, que está entrando na reta final o estoque de refrigerante, cerveja e outras bebidas.

O presidente Sindicato Caminhoneiros Autônomos de Sorriso e região, Wilson Rodrigues, afirmou que “durante toda a madrugada desta sexta-feira, dezenas de carretas, carregadas com combustíveis seguiram em direção ao Nortão. Outras que estavam vazias também foram liberadas para buscar as cargas em outras regiões. Nesta manhã, a gente deixou de permitir a passagem novamente, porque a situação está tensa”.

Policiais rodoviários federais se reuniram com líderes do movimento, na sede da Superintendência do órgão, em Cuiabá, para explicar a decisão da Justiça Federal, concedida na quarta-feira (26), que determinou o desbloqueio dos caminhões com cargas não perecíveis (grãos, roupas, eletrônicos e muitas outras).

Ontem, em alguns trechos do bloqueio, carretas com combustível e as câmaras frias (alimentos) passaram. Em Nova Mutum, os organizadores do protesto liberaram a passagem também de outras cargas das 12h às 16h. A estimativa é que cerca de 100 carretas carregadas com diesel, gasolina, etanol, ração, produtos alimentícios dentre outros seguiram em direção ao Nortão. Em Lucas do Rio Verde, foram liberadas cargas com combustível, por algumas horas. O mesmo ocorreu em Sorriso. Com isso, alguns postos em Sinop receberam, na parte da tarde, algumas cargas e outras devem chegar nesta sexta.

Boa parte dos 20 postos da cidade permanece fechada porque não tem produto para vender. Mas ainda não chegou quantidade considerável de diesel para abastecer as TRR – unidades que vendem direto para as fazendas que estão em plena colheita da soja. Muitas estão sem diesel para as colheitadeiras trabalharem.

Um diretor de posto em Sinop informou que a situação é preocupante porque a maioria das carretas dos postos e TRR está vazia, nas filas dos bloqueios em Cuiabá e outras cidades esperando para ir carregar em Alto Taquari (onde combustível chega por trem) e voltar para o Nortão. A situação é preocupante porque, na estimativa de alguns empresários, quando acabar o bloqueio ainda vai demorar uma semana para os postos em algumas cidades do Nortão estarem com estoques regularizados.

No Estado, as principais reivindicações dos caminhoneiros não foram atendidas – reduzir preço do diesel e o valor do frete pago por algumas tradings do agronegócio chegar ao patamar da lista mínima estabelecida pelo governo estadual. O governo federal atendeu pedido para prorrogar parcelas de financiamentos de caminhões e, em alguns Estados, reduzir preço do pedágio.

(Atualizada às 11h20 – fotos: Só Notícias/Luiz Ornaghi e Rafael Sousa)

 

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