A Polícia Rodoviária Federal acaba de confirmar que está fazendo acompanhamento de um 'comboio' com cerca de dez carretas carregadas com combustível que estavam paradas nos bloqueios na BR-163 em Lucas do Rio Verde. Os carreteiros temiam sair das filas e serem agredidos ou terem veículos danificados por alguns motoristas que estão com outras cargas e não foram 'liberados" pelos manifestantes para seguir viagem.
A PRF informa que em Sorriso também foi liberada passagem e, se necessário, também vai dar apoio para que as cargas com óleo diesel, gasolina e etanol sejam levadas para postos em algumas cidades do Nortão.
As carretas não vão todas para um município e não foi confirmada a quantidade total de combustível que estas 10 estão levando. Porém, como há desabastecimento em diversas cidades, esse carregamento será 'solução provisória'. Em Sinop, por exemplo, 13 dos 20 postos estão sem óleo diesel. O desabastecimento está tendo repercussão nacional. Esta tarde, o portal Terra também noficiou e mencionou dados fornecidos por Só Notícias.
Boa parte dos postos em Sinop (onde há cerca de 96 mil veículos) está fechada e a preocupação das empresas é que parte de suas carretas e caminhões está parada, na fila sentido Cuiabá, para ir até as distribuidoras carregar e voltar. Esse fato pode causar demora ainda maior para normalizar o fornecimento não apenas na cidade mas nas demais, cujos donos de postos estão na mesma situação.
A Polícia Rodoviária Federal informou, no início da noite, que não foi comunicada que carretas com combustível e câmaras frias estariam sendo liberadas para passar, sentido Nortão, nas BRS 163 e 364. Donos de postos estimam que uma parte considerável da frota esteja no trajeto entre Rondonópolis e Nova Mutum.
Há grande preocupação de produtores rurais da região Norte porque algumas fazendas estão sem óleo diesel para colheitadeiras fazemre colheita da soja (na região falta colher cerca de 65% da safra).
Algumas empresas também estão com estoques baixos de determinados produtos, como ração para animais.
O bloqueio continua em 10 trechos de 3 rodovias federais em Mato Grosso, com caminhoneiros cobrando redução no preço do diesel e que empresas do agronegócio paguem preço melhor pelo frete. A presidente Dilma deixou claro, hoje, que não vai baixar o preço do combustível. O governo tem sinalizado que poderá alongar financiamentos de carretas e caminhões, outra cobrança dos caminhoneiros.
Em Mato Grosso, lideranças do setor e deputados estão conversando com tradings do agronegócio para que seja pago preço mínimo do frete estabelecido pela Secretaria de Fazenda. Caminhoneiros reclaram que algumas estão pagando valor abaixo do estipulado para escoamento de grãos.
(Atualizada às 19:03hs)