A Polícia Rodoviária Federal informou, agora há pouco, que uma fila de veículos com aproximadamente 12 quilômetros se formou ao longo da BR-163 em ambos os sentidos, entre Nova Santa Helena e Itaúba, devido ao bloqueio realizado por índios desde esta manhã. Não houve liberação do trânsito no horário do almoço, o que fez com que a fila aumentasse. Sem contar com os vários motoristas que desistiram de esperar e voltaram ou começaram a pegar rotas alternativas pelas rodovias estaduais na região.
Os indígenas estão concentrados na rodovia desde ontem, quando advertiram que se os pedidos não fossem atendidos iriam interromper o tráfego. Reclamam obras de saneamento e postos de saúde inacabados; falta de remédios e profissionais, diminuição no número de viaturas, falta de infraestrutura nas bases de atendimento, ausência de combustíveis para carro, barco e avião, além de motores geradores e placas solares que utilizam para obter energia e conservar medicamentos e carência de horas de voo para urgências. Outra reivindicação seria a exoneração da coordenadora distrital de Saúde Indígena, que está no comando há oito meses. Esta teria suspendido contratos e convênios supostamente superfaturados, além de ter demitido alguns indígenas envolvidos nesta situação.
Uma fonte informou que foi feito contrato com representante do Sesai e com o cacique Sirenio, a maioria das reivindicações está sendo atendida. Mas não foi confirmado se será atendido pedido de exoneração da coordenadora responsável pela região.
Inicialmente seriam 60 indígenas que colocaram pedaços de madeira e pneus e atearam fogo. Mas há poucos chegaram mais manifestantes. De acordo com a PRF, o posicionamento irredutível dos índios já está causando irritação. A situação que era tranquila pela manhã, começa a ficar tensa. A polícia tem tentado manter os motoristas afastados do local do bloqueio para evitar discussões, mas os caminhoneiros estariam tentando avançar sobre o bloqueio.
A PRF informou que enquanto durar o bloqueio há a possibilidade dos motoristas passarem por rodovias estaduais em Nova Santa Helena, Marcelândia e Cláudia. Não foi informado quantos quilômetros aumentaria pegando este trajeto.