O novo chefe da Polícia Judiciária Civil, delegado Adriano Peralta Moraes, foi escolhido pelo governador Pedro Taques com a missão de promover uma mudança generalizada em toda a instituição. Ele assumiu a Diretoria Geral da Polícia Civil no dia 1º deste mês e iniciou o processo de renovação de todas as seis diretorias-adjuntas e ainda da Corregedoria Geral e Academia de Polícia.
O delegado geral disse que atuará em conformidade com a política do Governo do Estado e da Secretaria de Estado de Segurança Pública, e que as mudanças em sua gestão são conceituais e não se trata de pessoas. "Estamos implantando uma nova dinâmica para equalizar e tornar igual o peso nos ombros de todos. Vamos fazer todo um reordenamento administrativo para que atividade fim seja priorizada".
Além da renovação de todas as diretorias, mudanças em outras áreas estão em andamento. Uma delas é a integração da Ouvidoria Setorial da Polícia Civil com a Corregedoria Geral. A estrutura da Ouvidoria passará a funcionar no prédio da Corregedoria, no Bosque da Saúde, e atuará no atendimento primário do cidadão, que procura a Corregedoria para efetuar denúncias, seja por e-mail, telefone ou pessoal, e no controle finalístico.
A Polícia Comunitária também acumulará funções. O delegado coordenador de Polícia Comunitária irá atender, em caráter emergencial, as delegacias do Distrito de Nossa Senhora da Guia e Acorizal. No interior do Estado, o delegado regional também irá conduzir investigações, como forma de amenizar o trabalho das delegacias circunscritas na Regional de Polícia, com acervo maior de inquérito policial.
Na região metropolitana, a determinação é que todos os policiais, incluindo delegados e diretores, trabalhem em escala de reforço às unidades que atuam em regime de plantão. "Queremos equalizar o serviço dos nossos três plantões de Cuiabá e Várzea Grande", frisa Adriano Peralta.
De acordo com Peralta, maior proximidade com o Poder Judiciário, o Ministério Público, Poderes Executivo e Legislativo e a comunidade é uma das metas que deverá ser fortalecida. A primeira delas será uma parceria firmada com o Ministério Público, por meio Secretaria de Segurança, para ações integradas, a exemplo de operações policiais. "Essa é uma gestão integrada com apoio a meritocracia (valorização dos servidores), com objetivos e critérios transparentes", afirmou.
"Estamos promovendo um choque de gestão com medidas impopulares necessárias para o enfrentamento da criminalidade no Estado", ressaltou. "Mas também uma gestão participativa envolvendo todas as categorias", completou Peralta.
Outra medida para fazer frente à criminalidade será o fortalecimento da Gerência de Operações Especiais (GOE), que atuará como força operacional de pronta resposta nos crimes violentos. Os policiais passarão a atuar diretamente em investigações que necessitem de ação imediata, como nos casos de homicídios, roubos, latrocínios na Baixada Cuiabana, além dos roubos a bancos, carros-fortes e conflitos agrários.
O grupamento de elite da Polícia Civil continuará oferecendo apoio operacional a todas as unidades da Capital e do interior.