A Penitenciária Central do Estado conta, atualmente, com mais de 2,2 mil reeducandos embora sua capacidade original é para aproximadamente 890. Nas celas, que deveriam abrigar, no máximo, oito pessoas, mais de 40 dividem o espaço.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso apontou que "a situação acirrou os ânimos dos reeducandos que cobram providências do Estado. Em denúncia, eles afimam que não aceitarão receber mais nenhum reeducando no local".
Hoje, o juiz da Vara de Execução Penal, Geraldo Fidelis, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Betsey Polistchuk e uma comitiva visitaram penitenciária. "Na vistoria aos raios 1, 2, 3 e 4 foi constatada a falta total de condições alegadas pelos reeducandos. No local onde ficam recolhidos por mais de 12 horas seguidas, eles precisam dormir uns em cima dos outros, embaixo das jegas e em redes improvisadas nos banheiros", informa a assessoria.
Após a vistoria, ficou decidido que, em caráter emergencial, os reeducandos de outras comarcas serão encaminhados aos seus locais de origem. Outros pontos relacionados, ainda à superlotação, trabalho e educação serão discutidos posteriormente.
As informações são da assessoria de imprensa da OAB-MT.