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MPF investiga denúncia de nepotismo em distrito no Nortão

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O Ministério Público Federal (MPF) está investigando suposta prática de nepotismo no Distrito Especial Indígena (DSEI) Kayapó, em Colíder (160 quilômetros de Sinop). A denúncia encaminhada à procuradoria indica a nomeação de servidores que tem grau de parentesco com a ex-coordenadora do distrito, Sanna Rochelle Aparecida Sarmento, exonerada em abril do ano passado.

O procurador responsável pelo inquérito, Carlos Roberto Diogo Garcia, encaminhou um pedido de explicações à coordenação regional em Cuiabá. Ele quer saber se houve nomeação de algum servidor em cargo de confiança ou função gratificada no distrito sanitário, “conjugue, companheiro (a) ou com algum grau de parentesco” com Sanna. A coordenação também deverá informar o tempo em que ela esteve no cargo.

Carlos também pediu explicações sobre a localização do DSEI Xavante e possível prática de nepotismo do coordenador local, Cláudio Rodrigues Lopes. O prazo de conclusão da investigação não foi informado. 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, exonerou Sanna Rochelle, após cobrança de nove etnias da região de Colíder que não concordavam com a nomeação e chegaram a bloquear a BR-163, próximo a Itaúba, por vários dias no início de janeiro de 2015. Apesar de liberarem o tráfego na rodovia anteriormente, os indígenas permaneceram ocupando o prédio do distrito de saúde nos meses seguintes, como forma de protestar contra a permanência de Sanna no cargo.

Em março do ano passado, o juiz federal Murilo Mendes determinou a desocupação. Dois oficiais de justiça, acompanhados de um representante da Polícia Federal, entregaram a notificação e receberam as chaves do prédio. Porém, depois que os oficiais foram embora, os indígenas retornaram. Segundo o porta voz do cacique a coordenadora foi responsável por paralisar os veículos utilizados em emergências médicas.

Eles também reclamavam falta de pagamento de salários dos servidores, obras de saneamento e postos de saúde inacabados; falta de remédios e profissionais, diminuição no número de viaturas, falta de infraestrutura nas bases de atendimento, ausência de combustíveis para carro, barco e avião, além de motores geradores e placas solares que utilizam para obter energia e conservar medicamentos e carência de horas de voo para urgências. 

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