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“Discutir a Amazônia é discutir o futuro”, diz secretário da Casa Civil

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O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, participou, hoje, da abertura da reunião do Parlamento Amazônico, realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Representando o governador Pedro Taques, o secretário manifestou o apoio do Executivo às questões debatidas pelos parlamentares. “Quando se discute a Amazônia, se discute o futuro. As decisões tomadas por vossas excelências vão refletir nas próximas gerações. Seus netos e bisnetos sofrerão as consequências das decisões que tomamos agora”.

O Parlamento Amazônico é composto pelos 252 deputados estaduais dos estados que compõem a Amazônia Legal: Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins.

O objetivo do fórum é tratar questões comuns à região de forma coletiva, visando o desenvolvimento sustentável. Entre as pautas estão o escoamento de produção agrícola por vias fluvial e marítima, extrativismo mineral, a segurança nas fronteiras e o combate ao tráfico e biopirataria.

O grupo se reúne regularmente, sempre em uma capital amazônica. Nesta reunião, os temas são tráfico humano e exploração sustentável do jacaré.

Presidente do Parlamento Amazônico, o deputado Sinésio Campos (AM), defendeu que os cidadãos da Amazônia Legal sejam protagonistas das discussões nacionais e internacionais que envolvem o desenvolvimento da região. “Em Marrakesh [na Conferência Mundial do Clima] estão reunidos falando de Amazônia. Mas, antes de qualquer coisa, quem tem que falar da Amazônia somos nós, amazônidas”.

Entre os desafios colocados pelo parlamentar estão a “via crúcis” do transporte aéreo na região, a extração mineral ilegal em terras indígenas e a viabilização de uma saída para o Pacífico para escoamento das exportações e importações. “Não existe outra saída para o Pacífico que não seja pela Amazônia. Ou então vamos ficar reféns do Canal do Panamá”.

Ele também comentou a reforma tributária que o governo de Mato Grosso prepara e sugeriu que o modelo seja discutido nas outras Assembleias Legislativas. “Essa é a parceria que dá certo”.

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Guilherme Maluf, abordou a questão das fronteiras e sugeriu que o tema seja pauta da próxima reunião. De acordo com Maluf, o Brasil faz parte de mais de 70% da fronteira amazônica. “Precisamos propor ações concretas ou nossas fronteiras continuarão frágeis e ameaçadas”.

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