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Sinop: professores e técnicos da UFMT realizam manifesto contra PEC que limita gastos

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  Cerca de 50 professores e técnicos-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus sinopense, realizaram um protesto, esta manhã, contra a reforma do ensino médio e a Proposta Emenda à Constituição (PEC) que estabelece teto nos gastos públicos para os próximos 20 anos. Segundo a biomédica e representante da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Gerdine Sanson, o objetivo da manifestação é mostrar o apoio popular contra a PEC. O movimento de hoje é nacional e vários funcionários públicos federais aderiram.

“É um projeto que terá validade para os próximos 20 anos e os senadores não podem ter o direito de questionar. Ou seja, se ocorrer este questionamento, terá que voltar para Câmara dos Deputados. Se não tiver a força popular, a emenda será aprovada. Estamos vivendo o sucateamento da educação há anos. Uma restrição maior ficará ainda mais preocupante. Ou seja, todo aumento será através da correção pela inflação. O problema é que será retirada a autonomia dos próximos governos. Acredito que deve ocorrer ajustes fiscais, mas isso tem que valer para todas as classes. Tem que realizar reforma tributária de grandes fortunas e fazer leis mais rigorosas contra a sonegação fiscal. Existem outros caminhos para país voltar a crescer”, disse Gerdine, ao Só Notícias.

O professor de economia da UFMT, Ricardo Carvalho, disse que a proposta limitará os gastos e não acompanhará o crescimento populacional. “Isso fará com que os investimentos fiquem defasados. Ou seja, a população teria que parar de crescer também nos próximos 20 anos. Esperamos que o governo recue e retire o projeto de pauta. Estamos fazendo uma conta simples. O governo pretende manter os mesmos investimentos nos próximos anos, mas não está contando que a população será desproporcional a este planejamento. O investimento por cidadão diminuirá gradativamente. Nosso protesto é pelo corte na educação e pelas classes mais pobres".

Segundo informações repassadas pela Adufmat, esta manhã, docentes, técnicos e acadêmicos realizam uma caminhada orientativa sobre emenda, nas salas do campus. Também haverá manifesto na região central da cidade.

Conforme Só Notícias já informou, os técnicos-administrativos da UFMT entraram em greve no dia 24 do mês passado. No campus de Sinop são 84 servidores administrativos e 280 docentes. Os professores não aderiram ao movimento grevista.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da UFMT (Sintuf), esta greve é por tempo indeterminado e para pressionar o governo federal contra a aprovação do projeto que limita gastos, reforma da previdências e outros. A greve é nacional.

A UFMT tem seis campi (Cuiabá, Sinop, Rondonópolis, Várzea Grande, Barra do Garças e Pontal do Araguaia).

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