Representantes do Fórum Sindical pedem a intervenção do Ministério Público junto ao governador Pedro Taques (PSDB) para intermediar uma possível negociação entre a categoria e o Poder Executivo. Eles se reuniram, esta tare, com o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado. O comandante do MP recebeu a documentação apresentada pelos 16 representantes sindicais e assegurou que agendará audiência com o governador para discutir o assunto.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), Oscarlino Alves, destaca que na reunião realizada pela manhã com membros do Fórum, ficou estabelecido que inicialmente os servidores vão mais uma vez buscar o diálogo com o Executivo. Mas atos de repúdio e protesto e até uma nova greve não estão descartados, já que a reivindicação é pelo pagamento de salário. “O que o governador chama de escalonamento salarial não passa de atraso. Se conquistamos o direito de receber nossos salários no último dia útil, este direito simplesmente não pode ser retirado, sem qualquer discussão”.
Os representantes sindicais ressaltam que o atraso de até 10 dias no pagamento dos salários tem deixado muitos trabalhadores em situações desesperadoras. “Aposentados da saúde mesmo não tem nem como comprar remédios. Não há como ignorar a situação”, adverte.
Segundo ele o próprio governador que faz um discurso de falência do Estado, por sua vez não deixa de oferecer isenções a diversos segmentos, enquanto a arrecadação de impostos é cada vez maior. “O Estado tem liquidez, já que deve 50% do que arrecada, ao contrário do Estado do Rio de Janeiro que deve cinco vezes sua arrecadação”, contrapõe Oscarlino.
Por sua vez, Prado diz que o Ministério Público foi provocado e não ficará inerte. Tentará buscar uma solução conjunta com toda a transparência que a situação exige. Segundo ele, o Estado enfrenta um momento difícil, mas acredita que com a união de forças essa fase será superada.
Além do procurador-geral de Justiça, participaram da reunião o secretário-geral de gabinete do Ministério Público, promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva, além de 16 representantes sindicais.