O levantamento mensal do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), apontou que, em agosto, aumentou 41% o desmatamento nas áreas que correspondem à ‘Amazônia Legal’. Foram detectados 582 quilômetros quadrados de destruição. No mesmo período do ano passado, o desmate era de 414 quilômetros. Mato Grosso aparece em quarto no ranking dos Estados que mais desmataram, com 11% do total destas áreas.
O Pará lidera o ranking de destruição das florestas com 40% do perímetro desmatado. Na sequência aparecem o Amazonas, 26%; Rondônia, 18%; Roraima, 3% e o Acre, 2%. O município de Altamira (PA) é a região mais critica, com 59,3 por km² de desmatamento. Na sequência aparecem Lábrea (AM), 59,2; São Felix do Xingu (PA), 55,4; Porto Velho (RO), 53,7; Apuí (AM), 43,7; Colniza (MT), 23,5; Portel (PA), 21; Novo Progresso (PA), 17,1; Boca do Acre (AM), 16,1; Placas (PA), 13,9.
Segundo o boletim geográfico do desmatamento, 51% destas áreas são privadas ou sob estágio de posse. O restante dos desmatamentos está localizado em Assentamento de Reforma Agrária (20%), terras indígenas (2%) e nas unidades de conservação (27%).
As florestas que foram degradadas na ‘Amazônia Legal’ somaram, até agora, 619 quilômetros quadrados. Comparando com o mesmo período do ano passado, quando houve aumento de 373%, quando a degradação florestal somou 131 quilômetros quadrados. A degradação ocorreu no Pará (39%), Mato Grosso (39%), Rondônia (7%), Roraima (7%), Amazonas (6%) e Acre (2%).
O instituto monitora através de satélites às áreas desmatas na Amazônia Legal e promove por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas no desenvolvimento sustentável da região.