Disciplina, controle, respeito à família e ao próximo. Essas são as lições que o Judô oferece às pessoas, avalia o investigador da Polícia Civil, Fábio Moussalem. Praticante da arte marcial há duas décadas, o policial buscou parceria para tornar realidade um projeto que oferece aulas gratuitas para crianças e adolescentes de baixa renda em Rondonópolis.
A iniciativa deu certo. Com o apoio da Associação de Judô e Cultura Física do município, o “Judô Civil” está em atividade no município desde o início do mês de junho. No período, 140 crianças e adolescentes com idades entre 4 e 12 anos, integraram as primeiras turmas. As aulas são realizadas na sede da Associação de Judô de Rondonópolis, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 18:00 às 20 horas.
Pai de dois alunos do projeto, Thiago Martins diz sentir satisfação ao acompanhar os treinamentos. Para ele, trata-se de uma oportunidade única, que vai além da atividade física. “Para mim, esse projeto é um serviço de excelência. Mais do que praticar alguma atividade física, é uma oportunidade de socialização e disciplina para as crianças. Eu tenho indicado para amigos e familiares”.
A aluna Ana Midori, 13 anos, foi um dos destaques da turma. A jovem conquistou o 3° lugar no Campeonato Brasileiro de Judô, na categoria até 36 quilos. A disputa foi realizada em João Pessoa (PB), no mês passado. “Eu gosto muito de Judô e me dedico por que quero ser profissional e um dia conquistar uma medalha de ouro nas Olimpíadas. Estar no projeto praticando com outras crianças aprimorou minhas técnicas”, disse.
O delegado regional Claudinei Lopes reconheceu a importância de desenvolver atividades preventivas na região. “O nosso foco está no resgate social de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade. Acredito que essas atividades acrescentam muito para o desenvolvimento social desses jovens”.
Além do Judô Civil, a PJC desenvolve os projetos “De cara Limpa Contra as Drogas” e “De Bem com a Vida".