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Córregos e afluentes “morrem” em MT e rios estão ameaçados

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Apenas 20% dos córregos da capital mato-grossense conseguem chegar aos rios Coxipó e Cuiabá. A esmagadora maioria dos 24 afluentes está morta seja porque suas águas secarem, a mata ciliar desapareceu ou ainda foram aterrados para garantir espaço para novas construções. É o que aponta uma pesquisa realizada por geólogos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pelo Instituto de Pesquisa Mato-grossense (Ipem). “Hoje 80% dos cursos d’água, nascentes, canais efêmeros, que aparecem nas cheias, e brejos foram destruídos e a Área de Preservação Permanente, a APP, está totalmente descaracterizada”, lamenta o professor de Geologia da UFMT, Prudêncio Rodrigues, um dos responsáveis pela pesquisa.

Para piorar a situação aqueles afluentes que ainda conseguem desaguar na Bacia do Rio Cuiabá correm risco de ter o mesmo destino dos demais córregos. Apesar dos constantes alertas, diariamente esgoto e lixo produzidos nas zonas urbanas escoam pelas veias hídricas da cidade, praticamente in natura, tendo o destino final o Pantanal. Segundo estudiosos do assunto o maior risco é um futuro com escassez de água.

Para reverter este quadro, o município de Chapada dos Guimarães, onde está situada a cabeceira do Rio Coxipó (que depois passa por todo o município de Cuiabá, encontra o Rio Cuiabá na comunidade de São Gonçalo Beira-Rio e segue até o Rio Paraguai e deságua no Pantanal) será palco do projeto de conscientização ambiental “Encontro das Águas”, promovido pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e Associação Casa de Guimarães.

De acordo com os organizadores, a iniciativa faz parte da trilogia das águas, com campanhas educativas, ações e intervenções artísticas que tiveram início em março com os eventos “Águas de Março” e “Águas do Cerrado”. “A trilogia foi pensada para acontecer, estrategicamente, em meses quando sensibilizar sobre os temas abordados fosse parte do contexto. Em ‘Águas de Março’ aproveitamos o Dia Mundial da Água e abordamos a crise hídrica. Já em ‘Águas do Cerrado’, o início do período das queimadas avolumou as discussões. ‘Encontro das Águas’ fecha a trilogia com uma reflexão: pra vida fluir é preciso consciência”, explica a diretora executiva da Associação Casa de Guimarães, Érika Abdalla. “Sabíamos da necessidade de se criar um produto que atendesse a sazonalidade dos projetos realizados em Chapada dos Guimarães, mas queríamos algo que fosse além do fomento ao turismo e à cultura”.

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