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Mato Grosso registra queda no desmatamento em agosto deste ano

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O desmatamento em Mato Grosso caiu 72% em agosto deste ano se comparado a agosto de 2015, totalizando 67 quilômetros quadrados contra 115 quilômetros quadrados registrados no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta semana pelo Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

A redução em Mato Grosso indica uma tendência contrária a alta registrada em toda a Amazônia Legal, que foi de 41% no mês de agosto, quando 414 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados. O Pará lidera o ranking nacional, seguido por Amazonas e Rondônia. Considerando apenas o desmatamento do mês de agosto, Mato Grosso aparece em quarto lugar.

Análise das informações por municípios, elaborada pelo Instituto Centro de Vida (ICV), demonstra que não há surpresa: Colniza continua sendo o município que mais desmata em Mato Grosso, sendo responsável pela derrubada de 23 quilômetros quadrados de floresta amazônica em agosto, ou seja, mais de 35% do total registrado em todo o estado. No quadro dos dez municípios que mais desmatarem aparecem ainda, Aripuanã, Paranaíta, Juruena, Nova Bandeirantes, Apiacás, Nova Monte Verde, Juína, Gaúcha do Norte e Rondolânida.

Em agosto, a maioria do desmatamento, cerca de 53%, se concentrou em áreas não cadastradas no sistema de licenciamento ambiental; 44% foram em imóveis rurais cadastrados e quase 3% em assentamentos rurais.

Se a redução mensal do desmatamento é por si só uma boa notícia, outro mal continua atingindo as florestas mato-grossenses: a degradação florestal, que aumentou 135% em agosto deste ano, totalizando 244 quilômetros quadrados, contra 104 quilômetros quadrados registrados em agosto de 2015.

A degradação é um dos passos para o desmatamento, geralmente configurada pela retirada das árvores através da exploração madeireira, ou ainda, pelo processo de queimadas, bastante comum e intenso nesta época do ano. O município que registrou a maior taxa de degradação florestal foi Vale do São Domingos, localizado na região sudoeste de Mato Grosso, 29 quilômetros quadrados, seguido por Brasnorte, Paranaíta, União do Sul e Cláudia.

Segundo o ICV, para uma gestão florestal eficiente em Mato Grosso é importante considerar não apenas as taxas de desmatamento, mas os dados sobre degradação, que podem servir como um indicativo de desmatamento futuro. Além disso, os dados reforçam a necessidade de uma política governamental que inclua operações de fiscalização nos municípios que concentram as maiores taxas de desmatamento e degradação, que acabam sendo os mesmos, ano após ano.  

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