Mato Grosso integra a lista dos quatro estados que aderiram à Plataforma Indicar, lançada esta semana, no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília (DF). O objetivo é combater o desmatamento ilegal na Amazônia. O projeto vem sendo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam) desde 2013, a partir de financiamento internacional.
Conforme o secretário executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), André Baby, essa é a primeira vez que os impactos das políticas estaduais de prevenção e controle do desmatamento reunidas nos Planos de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCDQs) serão monitorados. O objetivo do sistema, que está em fase experimental, é disponibilizar didaticamente os avanços e desafios da gestão ambiental, principalmente as tomadas de decisões dos gestores.
André Baby acrescenta que a Sema visa, nesta gestão, dar total transparência às informações ambientais, principalmente ao cidadão, para que tenha conhecimento dos avanços do estado que, nos últimos 11 anos, reduziu em cerca de 80% o desmatamento ilegal. A redução foi de 11.814 km² para 1.509 km² entre 2004 e 2015, um número significativo e que coloca Mato Grosso como referência mundial. “Essa meta de redução em 80% estava prevista no PPCDQ para ser atingida entre 2016 e 2020”.
A analista ambiental da Sema, Olga Kummer, que também participou da reunião, explica que os indicadores abordam diversos eixos temáticos, entre eles: evolução das propriedades rurais cadastradas, focos de calor e desmatamento nas Unidades de Conservação (UCs), volume de madeira, valor e áreas de manejo, percentual de desmatamento e embargo, área desmatada convertida em pastagem ou agricultura, ordenamento e regularização fundiária, monitoramento e controle e fomento às atividades produtivas sustentáveis.
O Projeto Indicar é realizado pelo Ipam, com apoio da Fundação Moore.