Cuiabá sedia, nesta semana, o 1º Congresso de Bionergia de Mato Grosso (BionergiaMT) juntamente com e 3º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central – Canacentro, com o objetivo de discutir soluções em energia limpa, renovável e sustentável. O evento, que reúne especialistas do setor bioenergético, produtores rurais, empresários, governo do Estado e demais pessoas interessadas no assunto, foi aberto ontem, no Cenarium Rural.
Sete temas formam a base do evento, distribuídos em palestras e painéis: biodiesel, geração de energia elétrica, etanol de milho, reflorestamento, setor sucronergético, políticas públicas e mercado.
Além de discutir a matriz energética, a intenção é despertar os olhares para as oportunidades de Mato Grosso para desenvolver a bioenergia. Nesse caso, o congresso apresentará soluções viáveis para potencializar os recursos naturais disponíveis no estado. "Tendo em vista as enormes produções de soja, milho, bovinocultura de corte, cana-de-açúcar e possibilidade de plantio de florestas nós acreditamos que temos um verdadeiro pré-sal de energia limpa e sustentável", frisou Ricardo Arioli, coordenador do BioenergiaMT.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Tomczyk, pontuou o compromisso do governo em buscar melhores políticas para fomentar a transformação das matrizes de energia no estado.
De acordo com o Ministério das Minas e Energia, nos próximos 40 anos o mundo consumirá o dobro da energia atual, ou seja, dos atuais 17 trilhões de watts deverão ultrapassar os 30 trilhões de watts. Os dados foram apresentados pelo membro da Academia Internacional de Ciências e pesquisador da Embrapa Soja, Décio Gazzoni, durante a abertura congresso de Bioenergia.
Entre outros temas da programação será possível entender qual é o potencial de produção de biodiesel de Mato Grosso e de etanol de milho e de cana-de-açúcar. Também será discutido o uso de matéria prima gerada a partir de florestas plantadas para a produção de energia térmica e a possibilidade de produção de energia solar. "A intenção é buscarmos políticas públicas e programas para implantarmos tudo isso e no futuro termos uma matriz energética mais sustentável, mais limpa e mais barata. Isto certamente vai atrair investimentos para o estado".
O congresso é promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).