Um incêndio florestal já queimou, desde 10 de julho, 210 mil hectares do Parque Nacional do Xingu, maior área indígena de Mato Grosso. Isso significa 7,9% do território, que fica ao norte do Estado, área de floresta amazônica. De acordo com Instituto Socioambiental (Isa), ONG de defesa do meio ambiente e dos povos indígenas, “a paisagem local exibe uma grande biodiversidade, em uma região de transição ecológica, apresentando cerrados, campos, florestas de várzea, florestas de terra firme e florestas em Terras Pretas Arqueológicas”.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alega que as chuvas ficaram abaixo da média histórica desde o ano passado e a floresta está muito seca e inflamável. Afirma ainda que a maior parte do fogo do Alto Xingu está controlada.
O combate tem sido feito por cerca de 80 brigadistas no momento destacados para o combate, sendo nove servidores do Ibama em Brasília; dois do Ibama local, 25 indígenas do Parque Indígena do Xingu, 27 brigadistas do Tiro Quente, em Brasília, dez brigadistas indígenas do Xerente, em Tocantins, oito de Bordolândia e dois peritos.
Os equipamentos disponíveis são um helicóptero, dois veículos adaptados, um rodofogo, três caminhonetes e Equipamentos de Proteção Individual para todos os combatentes.
No Parque Nacional do Xingu, vivem 5,5 mil indígenas de 16 etnias indígenas. A área foi homologada em 1961, pelo presidente Jânio Quadros, idealizada pelos irmãos Villas Bôas. São 2.642.003 hectares banhados pelo rio Xingu e seus afluentes.