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Peruanos propõem construção de ferrovia em Mato Grosso

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Um grupo de trabalho do governo de Tacna, no Peru, esteve em Cuiabá em reunião com representantes da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato). Em pauta, a possibilidade de uma integração com a zona franca da cidade peruana, por meio da construção de uma ferrovia ligando os dois países. O encontro, solicitado pelo governo do Peru, é fruto de conversas preliminares, que ocorreram em abril deste ano, durante a Caravana da Integração, liderada pelo governador Pedro Taques (PSDB)

Para o diretor executivo do Movimento Pró-logística, Edeon Vaz Ferreira, a possibilidade apresentada pela comitiva não se mostra, em um primeiro momento, melhor do que a rota usada pelos produtores neste momento. Embora ofereçam a possibilidade do envio de grãos para a China via Oceano Pacífico, os custos para que a safra chegue ao Porto de Ilo seriam maiores do que o gasto com logística com embarque no Porto de Santos.

Isso porque a proposta apresentada passa pela construção de 2 mil km de ferrovias, partindo do Brasil e passando pela Bolívia antes de chegar no Peru. “O traçado apresentado passa pelo ponto mais alto da Cordilheira dos Andes, chegando a 4,5 mil metros de altitude. Para que esta obra ocorra seriam necessários construir 129 km em túneis, o que seria um grande desafio do ponto de vista logístico”.

A proposta também é considerada pelo diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini, inviável economicamente. A afirmação é respaldada pelo levantamento feito pela Seção Latino Americana da União Internacional de Ferrovias (UIC), no ano de 2015, que apontou que o custo do transporte de uma tonelada de soja de Lucas do Rio Verde até Xangai, na China, sai por US$ 120,43 se a mercadoria for embarcada no porto de Santos (SP). Saindo pelo porto de Ilo, no Peru, o frete sai a US$ 166,92. Uma diferença de US$ 46,49 por tonelada.

Para Edeon, a possibilidade de uso da região de Tacna, que conta com uma zona franca e um porto existe, desde que os preços de frete sejam competitivos. “É uma questão puramente matemática. Se a ferrovia trouxer um preço bom para o produtor no gasto com o escoamento é claro que haverá demanda”. Ele lembrou que a logística é considerada o grande gargalo do estado, considerando que Mato Grosso está distante dos portos. “Temos um mercado interno bastante significativo, porém os grandes centros consumidores estão distantes”.

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