As queimadas continuam aumentando e nos primeiros cinco dias do mês de agosto foram identificados 1.562 focos de calor, pelo monitoramento do Satélite Referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este número representa um aumento de 291% com relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 399 focos. Desde o início do período proibitivo, em 15 de julho, já foram notificados 3.969 focos, 99% a mais que no ano passado.
Dentre as principais ocorrências está a queimada que atingiu a Terra Indígena Rio Formoso, localizada em Tangará da Serra. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio teve início há mais de 15 dias, contudo, na quinta-feira (4) teve um agravamento e o fogo chegou próximo às ocas. A área queimada ainda não foi contabilizada, todavia, os militares apontam que uma grande extensão de terra foi atingida.
As chamas estão sendo combatidas por 18 brigadistas indígenas, do Prevfogo e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e três bombeiros. Uma nova equipe, da Capital, deve chegar hoje (06) para avaliar a situação e iniciar os trabalhos com o auxílio de uma aeronave. A operação com o avião tem início previsto para as nove horas da manhã.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que acompanha a situação, fornecendo apoio e suporte logístico.
Neste período, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, também tem sofrido com as queimadas. Esta semana, inclusive, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) alertou os motoristas que trafegam pela MT-251 para ficarem atentos devido à fumaça.
De acordo com o último informativo do instituto, emitido ontem, foram extintos dois focos maiores isolados, mas ainda há focos menores que estão sendo combatidos e monitorados e não se avista mais colunas de fumaça na região do Rio Paciência. Porém, ainda está sendo realizada vigilância no perímetro da área queimada, que segue do rio até o Portão do Inferno.
Os incêndios que atingiram o parque, nesse período, começaram às margens das rodovias. De acordo com um levantamento preliminar do instituto, foram atingidos, desde 23 de julho, aproximadamente 1.830 hectares no Parque Nacional e 2.000 hectares na Área de Preservação Ambiental (APA) da Chapada dos Guimarães.