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Delegados federais em Mato Grosso aderem a indicativo de greve

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Cerca de 30 delegados da Polícia Federal em Mato Grosso vão aderir ao indicativo de greve, com realização de atos públicos a partir desta sexta-feira (29), na sede da Superintendência, em Cuiabá e nas quatro delegacias instaladas nas cidades de Cáceres, Sinop, Barra do Garças e Rondonópolis.

O delegado Cristiano Nascimento dos Santos, tesoureiro da Diretoria Regional de Mato Grosso da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), afirma que os protestos e indicativo de paralisação buscam pressionar o governo federal para cumprir acordo firmado anteriormente, com a categoria, para recomposição das perdas salariais.

Os delegados aguardam do governo o envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei que trata da recomposição das perdas inflacionárias relativas ao período de janeiro de 2012 a abril de 2016. A decisão foi tomada pelos delegados federais em assembleia realizada na última semana, depois que o Executivo não cumpriu acordo firmado em maio deste.

O primeiro ato público está marcado para esta sexta-feira, nas unidades da Polícia Federal em todos os Estados e no Distrito Federal, e o segundo acontecerá na manhã de terça-feira (02) nos aeroportos de todo o país.

O delegado de Mato Grosso assegura que a categoria vai participar dos atos, conforme decisão anunciada pela ADPF, inclusive com faixas no Aeroporto Internacional Marechal Rondon.

Os delegados se sentem desprestigiados, em relação a outras carreiras jurídicas, que atuam no combate a corrupção e crime organizado no país, que foram prestigiadas, enquanto os delegados são relegados a terceiro ou quarto escalão.

Delegados lutam para não ter a classe enfraquecida e intimidada, na luta contra o crime organizado e até políticos poderosos que são alvos de investigações contra a corrupção em todo País.

Cita peculiaridade da situação geográfica de Mato Grosso, que com sua ampla fronteira seca com território Boliviano luta no combate ao tráfico de entorpecentes. Lembra que a cocaína boliviana que passa pelo Estado, segue para diversos estados da federação e impacta no tráfico em todas elas.

Ainda não está descartada a paralisação, caso o governo federal não encaminhe ao Congresso Nacional, até o dia 1º de agosto de 2016 do Projeto de Lei relativo ao acordo.

Caso não haja avanços por parte do governo sobre o acordo, será convocada Assembleia Geral Extraordinária para as 15h do dia 2 de agosto, a fim de que a categoria delibere sobre a greve, que seria a primeira dos delegados federais na história da instituição.

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