A denúncia do Ministério Público Estadual encaminhada à juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, aponta que a mulher encontrada morta na praça da Bíblia, em maio deste ano, até o momento sem identificação, foi carbonizada ainda viva. No documento, a promotoria destaca que dois suspeitos supostamente cometeram o crime, após a recusa da vítima em se relacionar com um deles.
Pela denúncia, cada um dos acusados pegou uma faca e passou a golpear a vítima, que caiu. Em seguida, os suspeitos jogaram álcool na mulher “ainda com vida” e atearam fogo. Também teriam colocado um tronco de árvore sobre o corpo, com o objetivo de impedir que a mulher “se debatesse”, o que causou um “esmagamento na face”. A dinâmica do crime foi confirmada pelo exame feito pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) no local.
Rosângela recebeu a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva dos suspeitos. Segundo a magistrada, o “modus operandi” do crime demonstra “a acentuada periculosidade dos acusados e autoriza a decretação de suas prisões”. Ambos vão responder por homicídio, cometido por motivo fútil, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Também foram denunciados por tentar destruir o cadáver.
Conforme Só Notícias já informou, o segundo suspeito, que tem 40 anos, foi preso no município de Cláudia (90 km de Sinop), dias após o crime, em trabalho conjunto entre a Polícia Civil local e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop.
Um primeiro acusado, 26 anos, foi preso no dia 1º de junho, por policiais civis. Ele estava com alguns andarilhos em uma casa, localizada na avenida das Palmeiras, no Setor Industrial Sul. Ao ser preso, confessou o crime, mas relatou que estava sendo ameaçado pela vítima e outro andarilho. Afirmou ainda que desferiu alguns golpes de faca na mulher e, em seguida, ateou fogo no corpo.