A carga de energia que circulou pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) em junho cresceu 1,8% em relação a igual mês de 2015. Na comparação com maio, houve queda de 0,5%, informa o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A carga total de energia do SIN ficou em 63.935 megawatts (MW) médios. O volume de carga, divulgado mensalmente pelo ONS, é calculado a partir da soma de toda a energia movimentada no sistema elétrico, mas difere do volume de energia consumida em função das perdas existentes na rede.
Segundo o Boletim de Carga Mensal do ONS, o comportamento da carga do SIN durante o mês de junho foi influenciado principalmente pelo “maior número de dias úteis e pela ocorrência de baixas temperaturas, inferiores às verificadas no mesmo mês do ano anterior, nos subsistemas Sul e Sudeste/ Centro-Oeste”.
“Cabe destacar que as baixas temperaturas apresentam efeitos contrários nos subsistemas: no Sul, provocam uma elevação da carga devido ao uso intensivo de equipamentos elétricos de climatização e, no Sudeste/Centro -Oeste, ocasionam redução da carga em virtude da diminuição do uso de equipamentos de refrigeração”, diz o boletim. Justamente por causa do frio, a maior alta na comparação com junho de 2015 foi registrada na região Sul, com 6,9%. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste a elevação foi de apenas 0,3%. As altas foram de 1,4% no Norte e de 1,9% no subsistema do Nordeste.
Além do clima, a recessão impacta diretamente na carga de energia, segundo o ONS. “O fraco desempenho da indústria e o efeito do aumento das tarifas de energia elétrica observado no ano anterior, que acarretaram uma base de referência reduzida em junho/2015, também contribuíram para o resultado da carga”, diz o boletim.
JULHO – O ONS reduziu a previsão de carga para o SIN no mês de julho para 63.607 MW médios, o que corresponde a um crescimento de 1,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas queda de 0,5% frente à carga registrada em junho. Na semana passada, a projeção indicava um crescimento de 2,5% em relação a 2015.
Foram revisadas as projeções de carga para todos os submercados, com destaque para a diminuição da expansão no Sudeste/Centro-Oeste, no qual agora se espera estabilidade em rela- ção a julho do ano passado (+0,2%), ante expectativa de crescimento de 1,3% calculada anteriormente. A previsão de aumento de carga no Sul diminuiu de 5,9% para 4,6%; recuou de 4,3% para 3% no Norte; e ficou praticamente estável no Nordeste, passando de 2,6% para 2,5%.