A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, converteu a prisão em flagrante em preventiva. Com a decisão, Fabiano Sebin (foto), 32 anos, principal suspeito de envolvimento no assassinato de Rosa Lourdes Francisca da Silva, 43 anos, há cerca de duas semanas, na avenida André Maggi, no Jardim das Rosas, continuará no presídio Ferrugem.
Para a magistrada, a manutenção da prisão do suspeito visa garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal, dados os “indícios” de autoria e materialidade do crime. “A necessidade encontra-se evidenciada ante a periculosidade do autuado, muito bem demonstrada pelo modus operandi do delito, haja vista que ceifou a vida da vítima, com diversos golpes de faca, pelo frívolo motivo de esta ter exigido o reparo dos danos que o autuado teria causado em seu veículo”.
Consta no processo, que a prisão só foi possível após policiais civis descobrirem uma testemunha próxima ao acusado. Segundo ela, no dia do crime, o suspeito apareceu em sua residência “batendo a cabeça na porta da residência, e dizendo que havia matado uma mulher que tinha por nome Rosa”. A testemunha também relatou que Fabiano pediu ajuda para carregar seus pertences no veículo da vítima, pois pretendia fugir até o Estado do Pará.
Com as informações, policiais de Sinop fizeram contato com autoridades de segurança no Pará. Horas depois, policiais militares do Estado vizinho conseguiram prender Fabiano em Moraes de Almeida, distrito de Itaituba. Ele confessou ter roubado o Toyota Corolla preto da vítima e, em entrevista, alegou que estava de moto, quando se desentendeu com Rosa e acabou a matando.
"Dei o primeiro golpe nas costas dela. Quando ela caiu, de lado, eu a puxei pelo cabelo e cortei o pescoço dela, estava muito nervoso, com raiva. Depois, percebi a besteira que tinha feiro e fui até a casa do meu irmão, no bairro Daury Riva, contei o que fiz e saí correndo. Peguei o carro, abasteci com R$ 100, e fugi pela rodovia. Eu não iria esperar a polícia me prender, sabendo o que tinha feito”, relatou Fabiano.
Ele confirmou ainda que, antes do crime, viu Rosa no bar onde ele também estava, durante a madrugada. Fabiano também disse que a faca estava na moto que usava. Apesar da versão contada, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) autuou ele por latrocínio (roubo seguido de morte). O Ministério Público Estadual (MPE) ainda não se pronunciou sobre o caso.