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Estudantes ocupam 23 escolas estaduais em Mato Grosso

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Estudantes secundaristas de Rondonópolis engrossaram o movimento que vem ocupando as escolas de Mato Grosso como forma de protesto. Ontem à tarde, cerca de 60 alunos da escola estadual Ramiro Bernardo da Silva participaram de uma assembleia geral e definiram pela ocupação. De acordo com o diretor da Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas (AME), Daniel Abreu, que se deslocou de Cuiabá a Rondonópolis para participar da assembleia, as pautas de reivindicações são as mesmas apresentadas pelas outras 22 escolas ocupadas no Estado.

“Para nós é imprescindível a instauração de uma CPI para apurar os desvios de recursos na Seduc e a proposta do governo de realizar Parcerias Públicos-Priva-das é inviável”, aponta. Segundo o presidente da AME, Juares França, mais de 1,5 mil pessoas estão envolvidas no movimento no Estado. “A cada dia o movimento cresce e por meio das nossas redes sociais demonstramos nosso dia a dia para combater a tentativa de alguns setores de criminalizar o movimento”.

Além da unidade em Rondonópolis, foram ocupadas escolas em Primavera do Leste (Antônio Cristino Cortes, Irmã Diva e Gaspar Dutra), em Barra do Garças (Alda Gawlinsk Scopel), em Cuiabá (Rafael Rueda, o Caic do bairro Pedra 90, João Panarotto, Estevão Alves, Juarez Rodrigues, Pascoal Ramos, Raimundo Pinheiro, Diva Hugueney, José de Mesquita, Zélia Costa e Padre Ernesto) e em Várzea Grande (Ubaldo Monteiro, Marlene Marques de Barros, Porfíria Paula de Campos, Elmaz Gattas Monteiro, Fernando Leite, Jayme Campos, Milton Figuei-redo, e Elizabeth Bastos).

A primeira ocupação ocorreu em Várzea Grande, quando os secundaristas entraram na Elmaz Gattas. Também foi na cidade industrial que houve a maior polêmica. Alguns veículos de comunicação chegaram a divulgar que os alunos estavam fazendo uso de bebidas e drogas durante a ocupação da escola Ubaldo Monteiro. “Querem tirar o mérito da ocupação, querem que a sociedade seja contra o movimento dos estudantes”, acusa um professor que acompanha a ocupação, mas por medo de retaliações prefere não divulgar seu nome.

“Eles estão cuidando da escola, fazendo limpeza, é lindo de se ver. Todo dia tem atividade, inclusive hoje tem a prova da 12ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e eles querem fazer”.

A Seduc continua negando que o governo tenha interesse em privatizar a educação e que antes de implantar qualquer modelo de PPP irá realizar audiências públicas para debater com a sociedade escolar.

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