Após formular a última proposta possível para o momento de recomposição salarial aos servidores públicos, o governo vai analisar os aspectos legais e judiciais das paralisações que ocorrem no Estado. Diante de recente decisão da Justiça, que decretou a ilegalidade da greve dos servidores da Segurança Pública e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, não descarta a possibilidade de ampliar o número de ações questionando o movimento e nem de iniciar o corte de ponto dos grevistas.
Incorporado nesta semana ao grupo que negocia com os trabalhadores em nome dos grevistas, Paulo Taques destaca que após a proposta de Revisão Geral Anual (RGA) em 6% dividido em três meses, rejeitada pelo Fórum Sindical, a gestão não fará, neste momento, nenhuma nova proposição. “Daqui a 60 dias, se a coisas melhorarem, podemos fazer uma nova proposta? Podemos, mas o que não queremos é dizer que faremos. Esta é a proposta definitiva. O que temos condições de pagar sem comprometer os salários”.
Ele explicou que o avanço na judicialização da questão não era estudada pelo governo exatamente porque ainda era realizada a negociação com os servidores. Como há neste momento um impasse, a possibilidade passará a fazer parte do “radar” de avaliação. “Se a greve persistir, vamos começar a avaliar a possibilidade de legalidade deste movimento, porque a lei que prevê que o RGA deve ser pago somente quando o Estado está dentro do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal e que isso não pode comprometer o orçamento”.