Nos últimos seis anos, o Tribunal de Contas de Mato Grosso tem desenvolvido políticas voltadas à economia sustentável no intuito de promover e garantir o equilíbrio ambiental. Em 2014, tornou-se a primeira instituição pública reconhecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas com ISO 50001:2011, relativo à boa gestão de energia. Foram investidos R$ 270 mil com a substituição de 4.500 lâmpadas comuns por LED, o que vai ampliar a redução de 137.280 kw/h em relação a 2014, nos próximos anos.
Nesta semana, foi assinado um termo de parceria com o Sebrae-MT para a elaboração de projeto de usina de energia fotovoltaica, nas dependências do TCE de Mato Grosso, de forma a ser averiguada a demanda energética e a capacidade de potência necessária para atender a instituição. Os estudos levarão em conta a possibilidade de instalação de placas fotovoltaicas, nos estacionamentos e telhados da sede, que ocupam uma área total de 782 metros quadrados.
A vantagem do uso de placas fotovoltaicas deve-se ao fato de o consumidor ser o gerador de energia, reduzindo custos com o consumo e, em caso de excedente, ser remunerado pelo sistema energético. Atualmente, o TCE-MT gasta em média R$ 120 mil, por mês, com energia elétrica e, com a instalação das placas, irá gerar, pelo menos, 30% de economia. De acordo com o coordenador do Núcleo de Patrimônio, Marcelo Catalano Corrêa, a tendência global é de que se invista cada vez mais "em energias renováveis, para que se evite o desperdício de forma a repetir este ciclo sustentável".
Nesse sentido, medidas também foram adotadas para reduzir o desperdício de água. Em 2015, o Tribunal adquiriu um aparelho chamado Geofone que identifica vazamentos da água no prédio. Catalano explicou que "o aparelho é de alta tecnologia e o Núcleo estabeleceu uma rotina mensal para verificar vazamentos, além das verificações pontuais quando for necessário". A próxima iniciativa deve ser a instalação de um sistema de reaproveitamento de água da chuva, no Edifício Marechal Rondon. O projeto deverá estar em execução até o final de 2017.
A redução de 60% o consumo de copos plásticos também foi uma das formas encontradas pelo TCE de Mato Grosso para avançar na redução de materiais descartados. Para tanto, foram distribuídas canecas sustentáveis a todos os servidores. "Esta como tantas outras inciativas tem um caráter educativo, nem sempre a ação resulta em economia financeira significativa, mas em mudança cultural, pois influenciar pessoas a serem mais responsáveis com o meio ambiente é algo que não tem preço", afirma o assessor do núcleo de Patrimônio, Francisco Bayma.
O Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho, liderado por Estela Rosa Biancardi, precursora na realização de ações comprometidas com o desenvolvimento sustentável, também é uma das unidades do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Por meio da adoção da Agenda Ambiental da Administração Pública, A3P, em 4 anos a instituição recolheu mais de 2 toneladas de plástico e 18 toneladas de papel, os quais foram encaminhados para reciclagem. "Ou seja, são mais de 20 toneladas de matéria-prima que poderia estar poluindo o meio ambiente e está gerando empregos e sendo reutilizada", diz Estela Biancardi.
Também há na instituição ponto de coleta de medicamentos vencidos e pilhas usadas para garantir que esse tipo de lixo receba o descarte correto. Campanhas de conscientização são frequentemente realizadas para lembrar servidores e visitantes, da instituição, sobre a importância de se dar o destino correto aos lixos considerados tóxicos à natureza. Cerca de 100 e 70 kg de medicamentos e pilhas, respectivamente, já foram descartados corretamente com a iniciativa. "Estas medidas têm sido um grande ganho ao meio ambiente e à sociedade", finalizou o coordenador do Núcleo de Patrimônio, Marcelo Catalano Corrêa.