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Ato contra cultura do estupro será realizado esta tarde em Cuiabá

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Hoje, a partir das 16h, será realizado na praça Ulysses Guimarães, em Cuiabá, o ato contra a cultura do estupro. O evento convocado pelo coletivo Mulheres de Mato Grosso tem por objetivo alertar a sociedade sobre a necessidade de discutir a violência contra a mulher e incentivar a denúncia.

“Com os casos registrados teremos dados mais precisos para cobrar políticas públicas”, informa Jacqueline Oliveira, representante da Associação de Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres Lésbicas e Bissexuais de Mato Grosso (Libles), uma das organizadoras da manifestação.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), em Mato Grosso foram registrados 1047 casos de estupros em 2015. De janeiro até o dia 30 de maio deste ano os registros já somam 474 casos, ou seja, uma média de três mulheres violentadas por dia.

“O crime de estupro é o mais subnotificado do mundo por diversos fatores e mesmo assim temos números altos”, avalia a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso e defensora pública da Vara de Violência Doméstica, Rosana Leite de Barros.

A defensora apoia o ato em Cuiabá e afirma que é preciso tocar nessa ferida em todos os setores da sociedade. “Precisamos discutir todos os tipos de violência que a mulher sofre, seja dentro de casa ou na rua. Essa cultura do estupro é a cultura de uma sociedade que considera o homem hierarquicamente superior a mulher, é a cultura da tolerância da cantada, do assovio, do assédio que levam a abusos muito mais graves”, comenta. “A denúncia garante a punição do agressor, por isto é tão importante”.

O ato em Cuiabá ocorre uma semana após vir à tona o caso do estupro coletivo cometido por 33 homens contra uma adolescente no Rio de Janeiro. Grupos de mulheres de outras capitais brasileiras já anunciaram que irão realizar manifestações neste 01 de junho, com o mesmo objetivo.

Além da Libles, participam da organização do ato em Cuiabá a Frente pela vida das mulheres, Conselho Estadual da mulher, Mulheres do Hip Hop, Frente Feminista da UFMT, Movimento Rua, Mulheres resistem MT. “Convidamos toda a sociedade a participar do ato, pois esta luta é dos homens também”, afirma Jacqueline.

“Manifestaremos nas ruas o nosso apoio irrestrito à vítima do estupro coletivo e ecoaremos o nosso repúdio ao patriarcado, ao imaginário social machista, à banalização da violência contra as mulheres e à perpetuação da cultura do estupro”.

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