Cerca de 500 servidores públicos estaduais realizaram, esta tarde, um manifesto contra o não pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) e a proposta de parcelamento proposto pelo governo do Estado. Eles carregaram faixas com os dizeres “RGA não é aumento e direito constitucional”, “Professores e técnicos da Unemat em greve ”, “Uma grande força contra o parcelamento do RGA” e “PMs e BMs unidos”, entre outros. Eles saíram da praça da Bíblia, percorreram a avenida Júlio Campos e encerraram a manifestação na praça Plínio Callegaro, no centro.
A representante do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (SISMA), Regina Bueno Marques, disse que a proposta de pagamento do RGA ofertada pelo governo é indecorosa. “Consideramos esta proposta como ridícula diante do índice inflacionário que deveria ser repassado. Não estamos cobrando reajuste salarial é apenas a reposição da inflação”.
O representante local do Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco-MT), André Fúrio, disse que a proposta do governo não contentou os servidores. “Estamos pedindo apenas correção monetária. O mínimo que esperamos é que seja pago o acumulado do ano passado que é 11,28%. Este é o valor que ser perdeu de maio do ano passado até agora. Estamos apenas cumprindo a lei de 30% do efetivo”.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de Mato Grosso (SINTESMAT), Jeferson Diel, disse que a solução apresentada não é satisfatória para a categoria. “O pagamento da reposição da inflação já estava programado no ano passado. Não aceitamos esta proposta que é inadmissível”.
Além dos servidores das categorias já citadas, participaram da manifestação os servidores ligados ao Sindicados dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato (SINTEP), dos Servidores do Detran (SINETRAN), dos Policiais Civis de Mato Grosso (SIAGESPOC), dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (SINDSPEN), Associação dos Policiais Militares de Sinop (ASPOMIRES), Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (ADUNEMAT) e estudantes secundaristas e universitários.
Conforme Só Notícias já informou, a equipe econômica do governo propôs pagar o reajuste de 5% em duas vezes, sendo 2% em setembro e 3% em janeiro de 2017. As categorias rejeitam e fizeram a contraproposta de receber os 11,28% em quantas vezes o governo quiser. No entanto, dentro deste ano e retroativos a maio.
Desta vez, foi o governo quem não aceitou. Por conta deste impasse, os servidores públicos estaduais decretaram greve geral por tempo indeterminado.
(Atualizada às 18h30 – fotos: Só Notícias/Luiz Ornaghi)