Professores da rede Estadual de ensino repudiaram a direção do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), em criticar a legitimidade do governo de Michel Temer (PMDB), em uma moção que deveria tratar do não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), em Mato Grosso. O texto que recebeu críticas de vários professores foi publicado no site do Sintep-MT e na página oficial do Facebook, na última segunda-feira (23).
Os sindicalizados reclamaram de que estão sendo usados para fins político-eleitorais e que não concordam com a conduta do presidente Henrique Lopes do Nascimento de defender a presidente afastada, Dilma Roussef (PT). No Facebook, a moção de repúdio direcionada a Pedro Taques (PSDB) virou palco de discussões entre os sindicalizados. “Quando foi feita a reunião aqui na cidade de Sorriso-MT , vocês não citaram um item que só agora estamos sabendo: que o Sintep está usando a greve para apoiar a volta da Dilma. E isto eu não apoio, como vários outros também não. O sindicato está nos enganando e escondendo a verdade”, manifestou a professora, Jéssica Messi, na rede social.
Na nota o Sintep diz que “nós, profissionais da educação, presentes na assembleia-geral do Sintep-MT, posiciona-mos pelo reestabelecimento da democracia em nosso país, e em defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as. Por isso, não reconhecemos o governo ilegítimo que assumiu o poder em âmbito federal em 12 de maio. Vamos nos empenhar na luta pela retomada da democracia, exigindo a volta da presidenta eleita democraticamente”, diz o documento.
No texto aprovado na assembleia, o Sintep também cobra do governo de Mato Grosso o pagamento da RGA mais o ganho real da carreira. Conforme anunciado em abril deste ano, o Estado já assegurou o pagamento dos 7% aos professores.