Francisco Rodrigues dos Santos e mais cinco homens serão julgados pelo Tribunal do Júri, na quinta-feira (12), por homicídio qualificado – mediante promessa de recompensa, com emprego de meio cruel que dificultou a defesa da vítima – e ocultação de cadáver de Maria das Neves Medeiros Cardoso. A morte da vítima teria sido encomendada pelo esposo Francisco, com pagamento de recompensa no valor de R$ 40 mil. A sessão de julgamento popular será presidida pela juíza da 1ª Vara Criminal da capital, Mônica Catarina Perri, a partir das 8h.
Os outros réus são Evandro de Souza, Everton Pereira Leite, Luanderson Alves Rondon, Nazário Dias da Silva e Valdemir Alves dos Santos. Almir Celestino de Carvalho, que também participou do crime e já faleceu. De acordo com o processo, o crime ocorreu em maio de 2007, nas proximidades do Lixão de Cuiabá, quando “os denunciados ceifaram a vida da vítima Maria das Neves Medeiros Cardoso, com golpes de instrumentos contundentes”.
A vítima e Francisco eram proprietários de uma mercearia no bairro CPA IV. Ele passou a planejar a morte da esposa em virtude das constantes brigas entre o casal motivadas pelo fato dele manter relacionamentos extraconjugais. Para colocar em prática o plano criminoso, o marido teria então contratado Valdemir dos Santos, que chamou outros homens para auxiliá-lo. Os acusados combinaram executar a vítima no dia em que ela fosse ao banco, para parecer latrocínio (roubo seguido de morte).
Na data do crime, Maria foi cercada pelos criminosos na saída de uma agência bancária no bairro CPA II e levada até as proximidades do Lixão, “onde passou a ser golpeada na região da cabeça, com o macaco e a base do triângulo de sinalização de seu carro”. Os acusados levaram a vítima desacordada até o meio da vegetação e, novamente, “com requintes de crueldade, agrediram-na no rosto, fraturando-lhe os ossos da face e o crânio, o que veio a causar sua morte”. Não satisfeitos, ocultaram o cadáver na vegetação densa do local e subtraíram o toca CD do carro dela.