O secretário de Educação, Permínio Pinto, exonerou o servidor Fábio Frigeri preso na Operação Rêmora deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) para desmantelar um esquema de cobrança de propina e fraude em licitações para reformas de escolas em vários municípios do Estado. Um segundo servidor, Wander Luiz dos Reis, é efetivo na pasta e foi afastado da função, apesar de estar de férias.
Terceiro envolvido, segundo o Gaeco , Moisés Dias da Silva é funcionário comissionado na Assembleia Legislativa, lotado na Presidência (Mesa Diretora), sob o comando do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB). Até pouco tempo s era servidor comissionado na Seduc ocupando o cargo de Superintendente de Acompanhamento e Monitoramento da Estrutura Escolar desde o dia 17 de novembro de 2015, mas foi exonerado em março.
Os atos com a exoneração de Frigeri e afastamento de Wander serão publicados no Diário Oficial do Estado que vai circular nesta quarta-feira. Por enquanto, não há informação sobre uma possível instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por parte da Seduc para investigar a conduta do servidor efetivo.
De acordo com o Gaeco, Fábio, Moisés e Wander atuavam dentro da organização criminosa como integrantes do núcleo de agentes públicos, pessoas que estariam encarregadas de agilizar e viabilizar as fraudes no âmbito da Administração Pública mediante recebimento de propina. Além do trio, também foi preso na operação o empresário Giovani Belatto Guizardi, dono da Dínamo Construtora.
Conforme as investigações do Gaeco, as fraudes no caráter competitivo dos processos licitatórios começaram a ocorrer em outubro de 2015 e dizem respeito a, pelo menos, 23 obras de construção ou reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado, cujo valor total ultrapassa o montante de R$ 56 milhões.