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Sema planeja estratégias para combater desmatamento ilegal em MT

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O secretário de Estado de Meio Ambiente e vice-governador, Carlos Fávaro, esteve reunido com representantes do Instituto Centro de Vida (ICV) e de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) para traçar um planejamento estratégico de combate ao desmatamento ilegal em Mato Grosso para os anos de 2016 e 2017.

Ambas instituições, que são parceiras do governo do Estado no programa ‘Produzir, conservar e incluir’ cujo desafio é zerar o desmatamento ilegal até 2020, trouxeram análises de dados complementares sobre o avanço progressivo do desmatamento em especial nos últimos três anos, apontando Colniza e a região noroeste como as mais críticas para o problema.

Para Carlos Fávaro, o Estado precisa de aliados em todos os setores da sociedade para concentrar esforços no combate ao desmatamento ilegal, mas com prioridade para políticas públicas que realmente deem resultado, entre elas, ele destaca três frentes: rapidez no licenciamento ambiental, de modo a retirar os empresários da ilegalidade; intensificação do monitoramento e da fiscalização, com resposta rápida aos que cometerem crime ambiental; e por último oferecer um ambiente de vantagem econômica para a conservação da florestal à população e aos municípios.

“É mais fácil cuidar de sabiá do que plantar soja”, cita o secretário. A frase é do pai dele e serve para exemplificar o espírito da atual equipe de Governo ao investir na criação de mecanismos propícios para a população se conscientizar quanto aos ganhos advindos da manutenção dos ativos florestais do Estado, unindo várias secretarias estaduais com esse mesmo objetivo (produzir e incluir) e não só o meio ambiente (conservar). “Nós precisamos oferecer meios práticos de valorização da floresta em pé”.

Satisfeitas com o resultado da reunião, a diretora do ICV, Alice Thuault, e a diretora adjunta do Ipam, Andrea Azevedo, pretendem amadurecer as ideias trocadas com a equipe técnica da Sema, e também se colocam à disposição para fazer novas análises de dados que contribuam com a estratégia do órgão ambiental. Sobre o aumento dos números do desmatamento elas afirmam que é resultado da falta de implementação do novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012). “Embora os monitoramentos indiquem tendência de aumento do desmatamento, vivemos um momento diferenciado porque há vontade política em acabar com o problema”.

Andrea mostrou diversos gráficos que demonstram uma mudança na forma de desmatamento que dificulta as ações de fiscalização em razão da dimensão geográfica do Estado. De grandes áreas abertas com um menor número de polígonos no início das décadas de 70, 80 e 90, nos últimos anos o número de polígonos aumentou sensivelmente enquanto houve paralelamente diminuição do tamanho da área de cada desmatamento. Ou seja, os desmatamentos estão cada vez menores e pulverizados. Somando os polígonos com até 50 hectares entre 2013 e 2015, por exemplo, chega-se a um total de 42 mil, enquanto, no mesmo período apenas 1,7 mil polígonos correspondiam a áreas com mais de 50 ha. “Ainda que haja esse diagnóstico desafiador, a região que mais desperta atenção é a noroeste, que é a que concentra maior pressão sobre a floresta”, avalia a diretora e pesquisadora do Ipam.

A reunião entre Sema e os parceiros ocorreu na tarde desta quarta-feira (20.04), no gabinete do órgão ambiental, em Cuiabá. Contou com a presença da equipe de fiscalização e dos secretários executivo, André Torres Baby, adjunto de Gestão Ambiental, Carlos Kato, e de Licenciamento Ambiental, Mauren Lazzaretti.

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