Após dois anos do assassinato de Kaliny Souza dos Santos, de 9 anos, a Justiça de Mato Grosso condenou Diogo Oliveira Dias Luz e Ricardo Júnior Vieira Gonçalves pelo crime. A criança foi assassinada enquanto dormia em sua casa, em fevereiro de 2014, em Rondonópolis (212 Km de Cuiabá). Pelo júri popular, Diogo foi condenado a 17 anos e dois meses de prisão por homicídio duplamente qualificado, quando há intenção de matar e por tentativa de homicídio. Já Ricardo, que participou da execução, foi condenado a 18 anos de prisão também por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
Os dois estão presos desde a época do crime. Kaliny foi atingida por sete tiros e morreu no local. Na noite do crime, Kaliny e mais duas irmãs dormiam no quarto, quando a residência foi invadida por três suspeitos que foram direto ao quarto delas. A irmã mais nova da vítima, que é sobrinha de Diogo, também foi baleada na perna, mas não morreu. O padrasto delas era o alvo dos bandidos e teria se escondido no banheiro quando os criminosos invadiram a residência.
Na época ele foi preso pela polícia durante o velório de Kaliny em posse de uma arma de fogo. Em depoimento prestado à Polícia Civil, a mãe das crianças relatou que o pai da caçula, que havia sido atingida da perna, morreu durante um assalto na cidade e Diogo, que era irmão dele, não gostava do atual marido dela e não aceitava a relação da criança com o padrasto, o que teria sido o motivo para o crime. Diogo foi preso dois dias depois do assassinato.
Ele estava escondido no município de Guiratinga. Durante o julgamento, que teve início na quarta-feira (30) e se estendeu durante a madrugada de ontem (31), Diogo confessou que cometeu o crime motivado por vingança e que o alvo não era a criança, e sim o padrasto dela.