O Cipem- Centro das indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso, em parceria com demais setores produtivos, com o Gabinete de Assuntos Estratégicos (GAE) e com o apoio da própria Sema, promoverão uma reforma no modelo de gestão e atuação e bem como do ambiente estrutural do órgão. O objetivo é desburocratizar e ainda agilizar os processos de licenciamento.
Dentro do órgão ambiental, o trabalho será mapear, refazer um modelo estrutural de trabalho, englobando todos os processos e rotinas, com enfoque na gestão de resultados. A empresa que está no mercado a cerca de 30 anos, deverá começar os trabalhos já nos próximos dias, previsto entre o fim de março e início de abril.
A secretária Ana Luiza Peterline, avaliou que o trabalho levará cerca de um ano e é uma ação prioritária do Governo do Estado, que também conta com recursos do Fundo Amazônia para investimentos em modernização. “O licenciamento digital é uma realidade, 100% dos processos serão feitos exclusivamente pela internet, mas antes de automatizar queremos otimizar os processos, torná-los mais leves, ágeis e organizados, assim as regras ficarão mais claras a todos”.
No último dia (10) representante da empresa Falconi se reuniu com os envolvidos e apresentou seu plano de intervenção na Sema. Na ocasião, o secretário do GAE, Gustavo de Oliveira, afirmou que o Estado caminha para a eficiência sem ter necessariamente que ampliar seu quadro de contratação de pessoas. Ele explicou que o Movimento Mato Grosso Competitivo (MMTC) doará o projeto e o setor produtivo arcará com o custo da consultoria. “Todos vão ser beneficiados com o resultado desse trabalho, que é um compromisso do governador”.
O representante do MMTC, Luis Alberto Nespolo, pontuou que o movimento está apoiando o processo de modernização de vários estados brasileiros, nas mais diversas áreas, independente de filiação partidária. Mato Grosso priorizou neste momento meio ambiente e saúde. “Estamos atrasados 10 anos em relação ao movimento nacional, o que interfere muito na nossa economia. O principal gargalo das instituições e empresas é a falta de planejamento estratégico. Enquanto estivermos focados apenas em matar um leão por dia não vamos conseguir aperfeiçoar nossos serviços para atingir a um padrão de excelência”.
Representado na reunião, pelo diretor executivo do Cipem Valdinei Bento dos Santos, José Eduardo Pinto, Presidente do Cipem, avalia que o setor apoia a modernização nos sistemas do órgão, salientando ainda que estão entre os que mais sentem a falta de celeridade da Sema. “A demora nos licenciamentos e nos trabalhos que envolvem o setor florestal produtivo, preocupa o nosso segmento. Por esta razão não vemos problemas em ajudar a promover a reestruturação do órgão. Sabemos que este é o caminho para continuarmos nosso trabalho que vem de encontro aos princípios da Sema respeitando a natureza. Para nós este é o melhor caminho”, afirmou o presidente, por meio de assessoria.