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Projeto de ressocialização beneficiará 40 detentos em Sinop

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O Conselho da Comunidade e a prefeitura renovaram, hoje, um convênio voltado para a ressocialização de 35 detentos do presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, e cinco mulheres da cadeia feminina. Os homens vão atuar pela Secretaria Municipal de Obras, enquanto as mulheres em repartimentos da prefeitura e também em empresas privadas. O valor de R$ 521 mil será repassado pela prefeitura para manutenção do projeto.

Esta é a primeira vez detentas participam do projeto. Os reeducandos selecionados passam por análise de uma comissão específica que avalia o bom comportamento e a aptidão para o trabalho fora da unidade prisional. Para participar deste projeto, o detento deve ter cumprido 1/6 da pena.

O juiz de execução penal, João Manoel Guerra, disse que o trabalho é um direito dos reeducandos e avaliou que o projeto tem proporcionado bons resultados. “O trabalho dignifica o homem. Projetos como este conseguem reverter índices alarmantes de presídios lotados em todo o país. Estamos cumprindo apenas o que é de direito dessas pessoas. Quando surgem essas oportunidades, eles agarram. O mal do século ainda é o preconceito da sociedade. Entendemos que o trabalho reabilita o cidadão para o convívio com a sociedade”.

O presidente do Conselho da Comunidade, o advogado Denovan Lima, disse que o projeto existe há três anos. Durante este período, o número de reeducandos que voltam a cometer algum tipo de delito é de apenas 2%. “Um número inferior ao esperado. Os reeducandos recebem uma nova oportunidade de convivência com a sociedade. Esse convênio será utilizado para custear o projeto e remuneração do trabalho dos reeducados. Eles recebem um salário mínimo e todo o valor é repassado aos familiares para custear despesas”.

O promotor de Execução Penal, Thiago Henrique Cruz Angelini, avaliou que o projeto traz benefícios para sociedade e para os reeducados. “A cada três dias trabalhados é descontado um dia de pena do preso. É uma forma de indenizar a sociedade e o Estado através do trabalho deles. O benefício é a oportunidade de voltar ao mercado de trabalho e a diminuição da pena".

A reeducanda Nilce Mari de Faria de Lara, 40 anos, está cumprindo pena por tráfico de drogas. Ela confirmou que o projeto proporciona uma nova oportunidade de vida e de convivência. “Eu só tenho a agradecer todos os evolvidos. Vai ser muito bom. É uma oportunidade muito importante e uma chance de voltar a viver”.

(fotos:Só Notícias/Luiz Ornaghi)

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