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Inpe aponta que 1,5 milhão de raios caíram em Mato Grosso ano passado

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Mais de 1,5 milhão de raios caíram no Estado nos últimos 12 meses. O número de incidências foi registrado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os três últimos meses do ano concentram a maior parte dos registros. Segundo o relatório, em outubro, novembro e dezembro caíram cerca de 895 mil raios em Mato Grosso. Os meses de estiagem, junho e julho têm menor número de registros, com pouco mais de 3 mil.

Em 2015, a cidade com a maior quantidade de casos é Jaciara (região Sul, próximo a Rondonópolis), onde mais de 13 mil raios caíram. Araguainha, aparece em segundo com 11,5 mil registros, seguida pela cidade de Alto Araguaia, com 11,34 casos. Santo Antônio do Leverger vem em quarto na lista, com 11,26 mil. Cuiabá aparece em 5ª no ranking e registrou, nos últimos 12 meses, 11,9 mil raios. Salto do Céu (10,93 mil), Ponte Branca (10,89 mil), Reserva do Cabaçal (10,88 mil), Novo Mundo (10,86 mil) e Itiquira (10,60) completam a lista.

Nos últimos 15 anos, 1,7 mil pessoas morreram no Brasil atingidas por raios. Mato Grosso, onde há uma incidência média de 7,4 raios por quilômetro quadrado por ano, é o 6º estado brasileiro com maior número de mortes no país. Entre 2000 e 2014, 97 pessoas foram vítimas deste tipo de descarga elétrica no Estado. Os dados sobre o número de mortes em Mato Grosso em 2015, segundo o Elat, ainda não foram divulgados pela Defesa Civil e Ministério da Saúde.

Apesar da falta de dados oficiais, os casos envolvendo mortes por raios não foram incomuns no último ano. O caso mais recente divulgado na imprensa aconteceu em dezembro, em Juína. José Pereira Neto Filho, 42 anos, realizava o conserto de uma cerca de arame quando uma descarga elétrica o atingiu e ele morreu na hora. Um mês antes, o comerciante Bernardo Rodrigues Aguiar, 62 anos, e o caminhoneiro Segilo Fonseca Neto, 42, morreram em um bar, em Guarantã do Norte. Há suspeita que eles estivessem próximos a uma árvore no momento em que um raio caiu. Ambos morreram no local.

No país, mais de 50 milhões de raios caíram em 2015 e o Elat prevê um aumento de 20% no número de incidências em 2016. A principal causa, segundo os especialistas, será o fenômeno El Niño, que costuma mudar a circulação do ar no planeta e provocar seca em determinados lugares, aumentando, por consequência, as tempestades em outros. 

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