O Instituto Gerir, que assumiu a gestão do Hospital Regional de Sinop na última sexta-feira (1), não deve recontratar todos os funcionários demitidos pela Fundação de Saúde Comunitária Santo Antônio, que administrava a unidade. “Uma realidade é você trabalhar com 111 leitos e 450 profissionais. Outra é trabalhar com 55 leitos e 450 profissionais. Então, não vai absorver todo o mundo”, afirmou, ao Só Notícias, um dos diretores do Gerir, Hernani Kruger.
Segundo ele, a situação também se deve a uma limitação orçamentária. Até julho deste ano, por exemplo, o Estado repassava R$ 4,1 milhões para a fundação administrar o hospital. Agora, os repasses para o Gerir serão de R$ 3 milhões por mês. “É certo que isso influencia. Tenho orçamento a cumprir. Tenho pessoal da parte química, assistencial, médicos, materiais e medicamento. Então, a gente tem que respeitar a questão orçamentária”, disse Hernani.
Apesar do contrato com o Estado ser temporário (180 dias), o Gerir, conforme Hernani, pretende “aumentar gradativamente a capacidade de atendimentos e absorver outros profissionais. Estamos planejando retomar o atendimento aos poucos até a atingir a demanda da população”, explicou o diretor.
A secretaria estadual de Saúde (SES) informou que, durante o período de contrato temporário, pretende “redefinir o perfil assistencial do hospital”. Dentro de 90 dias será realizado um chamamento público para a contratação de nova Organização Social de Saúde que assinará um contrato de gestão para administrar a unidade por um período de cinco anos.
Ainda segundo a secretaria, nos próximos 30 dias será mantido o número de leitos, priorizando os atendimentos de emergência e urgência e também serão reabertos os cinco leitos de UTI adulto. Atualmente, o hospital possui 111 leitos, dos quais 56 estavam fechados e a reabertura será feita de forma escalonada. A SES adiantou também que em 15 dias haverá um processo seletivo simplificado que incluirá a participação dos atuais funcionários.
O Gerir, que tem sede em Goiânia (GO), se classifica como “uma organização social que tem o objetivo de levar as melhores práticas da gestão privada para a administração pública”. Em Mato Grosso, o instituto administra o Hospital Regional de Rondonópolis. É responsável ainda por hospitais em Goiânia, Trindade (GO), Patos (PB), Taperoá (PB), São Luis (MA), Imperatriz (MA), Ponta Porã (MS), Ilhéus (BA), Guarulhos (SP) e Barueri (SP).