Uma operação para cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, marcou o encerramento do 1º Curso de Operações Antissequestro, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, hoje. Dois dos mandados foram cumpridos no bairro Sol Nascente, em Cuiabá. Um jovem, de 21 anos, foi preso por associação criminosa e receptação de 11 relógios de luxo, roubados de uma joalheria e outro um homem de 25, por pedofilia. Em seu celular, os policiais encontraram vários vídeos de pornografia envolvendo adolescentes e crianças.
Nas buscas, os policiais colocaram em prática o treinamento realizado nas duas últimas semanas e as técnicas do procedimento operacional padrão (Pop), desenvolvido durante o curso para padronizar as atividades da unidade policial.
A capacitação iniciada no dia 17 de novembro formou 20 profissionais de segurança pública (5 delegados, 13 investigadores, 1 escrivão e 1 bombeiro militar). As instruções foram ministradas por policiais civis do GCCO, Gerência de Operações Especiais (GOE), Batalhão de Operações Especiais (Bope), Inteligência, Delegacia de Entorpecentes (DRE), delegados e Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer).
Para o delegado Nilson André Farias de Oliveira, da Delegacia de Sorriso, a qualificação do policial que está no interior, ajuda no pronto-atendimento de ocorrências complexas, no levantamento de informações até a chegada de reforços da Capital. “A tendência é que essas gerências comecem a criar núcleos nos pólos, assim como aconteceu com os Garras”.
O delegado Diogo Santana Souza, titular do GCCO, foi aluno do curso e destacou que o objetivo foi desenvolver um padrão de atendimento das ocorrências de atribuição da unidade. “Levamos muito a sério a capacitação de nossos policiais e também a padronização de nossos procedimentos operacionais para que em situação de emergência, cenário de crise, cada um saiba o que deve ser feito, diminuindo assim o tempo de resposta da ocorrência para toda a sociedade”, disse. “Conseguimos fazer nosso procedimento operacional padrão na área de sequestro, crime organizado e defensivo”, completou.
O coordenador do curso, investigador Joelson da Costa Almeida, informou que o procedimento operacional padrão, específico para as atividades investigativas do GCCO, será apresentado ao Conselho Superior de Polícia (CSP) para aprovação.
“Acredito que esse modelo poderá, futuramente, ser aproveitada por outras delegacias especializadas. Estamos definindo casos importantes, como utilização de uniformes, efetivo, tipo de armamento, padrão de relatório e quando será usado dentro das plataformas operacionais, para determinada ocorrência”, disse.
No curso, os alunos tiveram aulas sobre investigações especiais, inteligência operacional, táticas policiais, gerenciamento de crise, direitos humanos, sobrevivência policial, técnicas não letais, uso diferenciado da força, gerenciamento de crise, direitos humanos, atendimento pré-hospitalar tático, operacional helitransportado.
O Tenente-Coronel da Polícia Militar, Juliano Chirolli, coordenador do CIOPAER, foi instrutor das aulas de policiamento helitransportado. “Nas atividades operacionais estão aptos a embarcar na aeronave, fazermos as operações integradas e incorporar o helicóptero nas ações dessa Gerência tão importante no Estado”, declarou.
O delegado Guilherme Bertoli, que atua na Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), considerou extremamente importante as instruções e técnicas ministradas. “Leva cada aluno a colocar em teste sua capacidade física, psicológica e intelectual, condições estas que equilibradas forjam o verdadeiro operador”, avaliou.