A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, autorizou o pedreiro de 69 anos, acusado de matar a enteada Valdirene Freitas de Barros e o genro Jocimar Martins, a cumprir prisão domiciliar. Ele também responde pela tentativa de homicídio contra a própria esposa. Os crimes, cometidos com faca e facão, aconteceram em 16 de junho de 2009, em uma residência na rua das Primaveras, no Jardim das Primaveras.
O suspeito foi preso, logo após os homicídios, no parque florestal. O réu permaneceu detido por mais de um ano. No entanto, em março de 2011, conseguiu o direito de aguardar ao julgamento em liberdade, em razão de problemas graves de saúde.
Em setembro, a juíza Rosângela Zacarkim adiou, pela quarta vez, o júri popular do acusado. O cancelamento se deu em razão das ausências do advogado e do próprio réu. Diante da situação, o Ministério Público requereu a prisão preventiva do acusado, alegando “descumprimento da condições impostas quando da concessão da liberdade, qual seja: o comparecimento em todos os atos do processo”.
O pedido foi aceito pela magistrada e o suspeito foi preso. Ele estava detido, desde então, no setor de Carceragem Temporário (Secat) da delegacia de Polícia Civil de Capanema, no Paraná. Ao ingressar com o pedido de revogação da prisão preventiva, a defesa alegou, mais uma vez, que o réu sofre de graves problemas de saúde e que o sistema prisional não oferece o tratamento de forma eficaz.
Rosângela, então, autorizou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar. No entanto, determinou que um policial militar seja destacado para averiguar, em dias e horários alternados e sem aviso prévio, se o pedreiro está cumprindo o regime domiciliar.
Conforme Só Notícias já informou, após pronunciar o réu por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio, a juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, marcou, em dezembro de 2015, o júri para junho de 2016. Em maio do ano seguinte, no entanto, a sessão foi remarcada para outubro. Naquele mês, a sessão foi novamente designada para março deste ano, quando foi alterada para setembro.
Conforme Só Notícias já informou, a denúncia do Ministério Público Estadual aponta que Valdirene e o marido Jocimar estavam hospedados na casa do suspeito. No dia do crime, “todos levantaram muito cedo e se preparavam para os afazeres domésticos”, quando foram surpreendidos pelo acusado, que, “de inopino, armado com uma faca e um facão, passou a desferir golpes contra todos”.
Segundo a denúncia, o réu só parou de agredir as vítimas “quando todas estavam caídas ao chão”. Jocimar e Valdirene foram sepultados em Guarantã do Norte. A outra vítima sobreviveu.
Ao ser preso, o homem alegou que cometeu os crimes baseado na desconfiança de que as vítimas Joacir e Valdirene pretendiam “tirar algum proveito econômico dele”, por meio de sua mulher.