A Corregedoria da Polícia Civil abriu processo administrativo disciplinar para investigar o suposto envolvimento de uma investigadora de São Félix do Araguaia, em uma organização criminosa especializada em fraudes no seguro-desemprego. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha fazia saques ilegais de benefícios de trabalhadores. A policial civil é esposa de um dos principais suspeitos de integrar o bando.
A assessoria da Polícia Civil informou, ao Só Notícias, que a investigadora “teve o nome usado pelo marido”. De acordo com a assessoria, a mulher não foi afastada e continua trabalhando na Polícia Civil de São Félix do Araguaia. O prazo de conclusão do procedimento administrativo é de 60 dias.
A operação “Stellio Natus” foi deflagrada em abril, com o objetivo de desarticular a quadrilha. Segundo a Polícia Federal, os crimes eram cometidos em diversas unidades do país e contavam com a colaboração de funcionários do Ministério do Trabalho e agentes públicos aliciados pelo grupo criminoso para alterarem os endereços dos verdadeiros beneficiários, para desviar os cartões.
Assim, os integrantes da quadrilha usavam o documento para sacar o dinheiro das vítimas em agências lotéricas. Estima-se que a quadrilha desviou mais de R$ 3 milhões em benefícios.
Cerca de 70 policiais federais cumpriram 16 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Anápolis (GO), sendo oito mandados de prisão preventiva, dois mandados de condução coercitiva e seis mandados de busca e apreensão. Em Mato Grosso, as diligências foram realizadas na cidade de São Felix do Araguaia. Também foram cumpridos mandados em Anápolis (GO), Caldas Novas (GO), Nova Lima (MG) e Redenção (PA).
Os investigados respondem pelo crime de estelionato qualificado, com previsão de pena máxima de cinco anos, aumentada de 1/3 por ter sido cometido contra um instituto de assistência social.