O desembargador Juvenal Pereira da Silva concedeu alvarás de soltura suspendendo a prisão temporária de dois homens e duas mulheres acusados de assassinar e simular o suicídio do microempresário Adelfo Borghezan Peron. Não consta no processo o motivo que levou o magistrado a conceder o habeas corpus. Os indiciados foram presos pela Polícia Civil de Sinop, no dia 18 de agosto. O crime ocorreu no munícipio de Vera (80 quilômetros de Sinop), em 2008.
De acordo com o processo, os quatro investigados entraram em contradição em seus depoimentos e a perícia técnica confirmou que a morte de Adelfo foi por homicídio e não suicídio. Um dos indícios que levou a essa conclusão foi que os investigadores constataram que o galpão em que o corpo da vítima foi encontrado estava trancado por fora.
O investigador Carlos Freith disse, anteriormente, ao Só Notícias, que as evidências coletadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ajudaram na descoberta dos suspeitos. “Tivemos sorte que os peritos criminais fizeram um ótimo trabalho e coletaram boas circunstâncias quando ocorreu o crime. Já temos a autoria definida, mas ainda não podemos apontar quem será de fato responsabilizado pelo assassinato. Essas pessoas ainda são investigadas e não podemos comprometer as investigações”.
Na época, a polícia informou que Adelfo Borghezan foi encontrado morto em uma chácara a cerca de oito quilômetros de Vera. Os peritos constataram que havia muitos sinais que deixavam claro o homicídio, inclusive a cama com manchas de sangue. Além disso, havia três perfurações de faca no tórax. A faca utilizada no crime também foi encontrada com sangue. Ele era da executiva DEM (partido Democratas) e bastante conhecido no município.