Profissionais que fizeram cursos técnicos têm um acréscimo na renda de 18%, em média, em relação a pessoas com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio regular. É o que mostra estudo encomendado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) feito com base em dados do suplemento especial, divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo, realizado pelo professor Gustavo Gonzaga, do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, comparou os rendimentos de trabalhadores que fizeram cursos de educação profissional com aqueles sem esse tipo de formação educacional. Foram considerados aspectos como gênero, idade, cor, escolaridade, região de moradia, setor de atividade e renda per capita familiar. A conclusão principal é que fazer um curso técnico eleva de forma significativa o rendimento. O aumento médio na renda é de 17,7%, independentemente da instituição escolar.
De acordo com o estudo “Educação Profissional no Brasil, uma avaliação com base no suplemento da PNAD-2014”, o maior ganho foi verificado entre ex-alunos de cursos técnicos do Nordeste: um aumento de rendimentos de 21,7% em relação a quem não fez ou não concluiu esse tipo de formação. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o ganho salarial de quem fez curso técnico foi de 21,4% quando considerados todos os tipos de instituição. O estudo mostra ainda que os profissionais das regiões Sudeste e Sul que concluíram cursos técnicos têm, em geral, renda 15,1% superior a quem apenas concluiu o ensino médio regular.