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Mato-grossenses não percebem redução nas passagens aéreas após mudança nas regras de transporte de bagagens

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A tarifa média das passagens aéreas reduziu de 7% a 30% entre junho e o início de setembro entre as companhias aéreas que já implementaram as mudanças nas regras para transporte de bagagens. A conclusão é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com base em dados preliminares do mercado aéreo divulgados ontem. No entanto, na prática, passageiros e operadores de viagens de Mato Grosso não notaram o barateamento dos bilhetes aéreos.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Turismo de Mato Grosso (Sindetur), Oiran Gutierrez, o serviço aéreo encareceu em comparação com os preços praticados no ano anterior. Com baixa disponibilidade de aeronaves, os voos originados em Mato Grosso registram ocupação superior a 90%, aponta Gutierrez. “Isso não acontece no mercado aéreo nacional. Então, como ter redução de preços se a oferta está muito reprimida? Para Mato Grosso a ocupação é muito alta”.

Com a economia atrelada ao agronegócio, Mato Grosso apresenta desempenho diferenciado em relação a outras regiões do país e por isso precisa de ampliação na malha aérea, defende o presidente do Sindetur. Conforme ele, os passageiros conseguem comprar passagens a preços menores somente durante promoções. “Pode ser que essa redução de preços tenha ocorrido nas rotas onde há maior oferta de assentos e demanda mais concorrida”, pontua Gutierrez.

Para o diagnóstico apresentado pela Abear foram avaliadas as rotas originadas em Brasília, Porto Seguro, Campinas, Guarulhos, São Paulo e Rio de Janeiro com destino a Recife, Natal, Manaus, Porto Seguro, Maceió, Salvador, Rio de Janeiro, São Luís, Belo Horizonte, Foz do Iguaçu e Palmas.

De acordo com o consultor de viagens nacionais e internacionais de uma agência de viagens, Ricardo Haidamus Arruda, os clientes reclamam da cobrança extra para despachar bagagens. “Já procuro vender com bagagem inclusa, para evitar que o passageiro tenha que pagar depois, no aeroporto”. A cobrança pelo despacho de bagagem pelas companhias aéreas é mais uma mudança que desestimula os embarques nessa nova realidade, conclui Arruda.

O consultor de viagens critica ainda a diminuição das promoções e a redução nos prazos de pagamentos, antes divididos em até 10 vezes no cartão de crédito e agora limitados a 6 parcelas. 

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