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Trabalhadores dos Correios aprovam estado de greve e podem paralisar atividades em Mato Grosso

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Os trabalhadores das empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais aprovaram, ontem, em assembleias realizadas em cinco cidades, estado e indicativo de greve em Mato Grosso. Caso a direção da empresa não apresente uma proposta que seja aceita pela categoria, a paralisação em Mato Grosso começará a partir das 22h da próxima terça-feira (19).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Sintect), Edmar Leite, há pouca perspectiva entre a categoria de que as reivindicações sejam atendidas e a greve evitada. “Entregamos a pauta há quase 50 dias e começaram a negociar, de fato, no último dia 12. Agora, a direção optou por suspender as negociações e só irá retomar na terça-feira. Ou seja, não devemos ter novidades até lá”.

Segundo o presidente do sindicato, caso não haja acordo com a direção, uma nova assembleia geral, marcada para o dia 19, deve oficializar a paralisação de 70% do total de trabalhadores nas 137 agências do Estado. “A aprovação do estado e indicativo de greve legaliza a paralisação. A categoria está preparada para a greve. Hoje vamos fazer o comunicado à empresa. Se até o dia 19 não apresentar uma proposta para as reivindicações, a assembleia só irá reforçar a entrada em greve”.

Edmar detalhou que a categoria cobra, principalmente, concurso público, reajuste de remuneração de 8%, R$ 300 de acréscimo linear aos salários, e manutenção da empresa pública (contra privatização). Os trabalhadores também são contrários às reformas trabalhista e da Previdência. “A empresa, além de não atender as reivindicações, retira cláusulas do nosso acordo coletivo e direitos dos trabalhadores. Propõe a supressão do concurso público e não recua na retirada de agências em Mato Grosso. Isso tudo faz parte de uma estratégia que visa a privatização”.

Foram realizadas assembleias na praça da República, em Cuiabá, na avenida Goiânia, em Rondonópolis, na rua General Osório, em Cáceres, na rua Sapotis, em Sinop, e na avenida Ariosto da Riva, em Alta Floresta. Os resultados de cada cidade não foram divulgados ainda pelo sindicato.

No total, trabalham nos Correios em Mato Grosso 1.550 profissionais. O sindicato alega que há um déficit no quadro funcional e que a empresa deveria empregar, no mínimo, 2,3 mil trabalhadores para dar conta da demanda no Estado. 

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