O representaste da União das Entidades de Sinop (Unesin), Nilson Ribeiro, disse, em entrevista, ao Só Notícias, que a concessão do aeroporto municipal presidente João Figueiredo à iniciativa privada não influenciará na conclusão projeto de ampliação e homologação dos equipamentos que vai garantir maior segurança nos pousos e decolagens principalmente em período chuvoso. Está previsto o anúncio oficial da privatização da unidade amanhã.
“Essa terceirização não mudará em nada. É indiferente para nós ser for a iniciativa privada ou pública que continuará a administrar a unidade aeroportuária. Queremos é que o aeroporto funcione. Até consideramos bom que a iniciativa privada toque o aeroporto e administre de acordo com processo de desenvolvimento da cidade e do interesse do governo federal. Não interferirá no nosso processo de homologação dos equipamentos. Se a terceirização ocorrer com todos os cuidados estabelecidos e a empresa vencedora cumprir com o contrato será muito bom para nossa região. Atualmente está sendo mais fácil funcionar com o setor privado do que com o público, que está quebrado. Essa terceirização deve demorar para efetivar todos os processos”, explicou Ribeiro.
Além do aeroporto sinopense, os terminais dos municípios de Alta Floresta, Barra do Garças e Várzea Grande, poderão ter a administração repassada à iniciativa privada. Maior terminal aeroportuário de Mato Grosso e um dos 15 maiores do país, o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande é administrado pela Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e está em reestruturação há quase 5 anos, num processo de ampliação de 9,354 mil metros quadrados para 14,5 mil metros quadrados. A obra custa ao governo do Estado a quantia de R$ 84 milhões.
Os terminais de Sinop, Alta Floresta, Barra do Garças são administrados pelas prefeituras em parceria com a secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra). A intenção do governo federal, em atendimento a um pleito do próprio governo de Mato Grosso, é repassar os referidos terminais à iniciativa privada em 2018. O objetivo do governo federal é melhorar o caixa e arrecadar cerca de R$ 6 bilhões com as concessões.
Conforme Só Notícias já informou, o presidente da empresa de consultoria contratada pela Unesin para fazer o projeto de ampliação e homologação dos equipamentos do aeroporto sinopense, Hammer Schmidt, confirmou que foi aprovada a instalação dos equipamentos do EPTA. “Foi feito processo de autorização homologação dos equipamentos, junto ao comando da Aeronáutica, através do Sindacta IV, em Manaus, para implantação de apoio para as aeronaves que trafegam em Sinop em situação degradada de meteorologia, teto baixo, visibilidade baixa, coisas do gênero. Foi emitido um certificado de autorização de projeto que autoriza a concessionária a efetivamente fazer a instalação desses equipamentos”, disse.
A Unesin iniciou, em fevereiro, mobilização para contratar a empresa e resolver todas as pendências técnicas com os equipamentos, que se arrastavam desde o ano passado, e atender as exigências da Aeronáutica. Foi feita promoção para arrecadar dinheiro e bancar os custos com a empresa contratada.