Professores da rede municipal de educação aprovaram, por unanimidade, na tarde desta sexta-feira (18), paralisação das atividades nos dias 25 deste mês e 1º de setembro. A ação visa advertir o prefeito Emanuel Pinheiro quanto à possibilidade de greve por tempo indeterminado, caso as reivindicações expostas pela categoria não sejam atendidas ou pelo menos dialogadas. Entre as pautas esta a reconsideração da proposta de hora estendida nas unidades de educação infantil e recomposição salarial de 5.12%, sendo a inflação de 2.56% e ganho real de salário de 2.56%.
Em assembleia realizada no auditório da Escola Estadual Liceu Cuiabano, no centro de Cuiabá, educadores do Município debateram e expuseram opiniões por mais de três horas. Proposta inicial, que visava paralisações realizadas parcialmente, sendo a primeira abrangendo as unidades educacionais das regionais leste e oeste, nos dias 25 e 26 deste mês e norte e sul, nos dias 1º e 2 de setembro, foi descartada e novo movimento foi elaborado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) Subsede de Cuiabá junto à categoria.
Mesa diretora colocou em votação paralisação durante todo o dia, nas datas de 25 de agosto e 1º de setembro, sendo que no primeiro dia, educadores se concentrarão em frente à Secretaria Municipal de Educação (SME) e, no segundo, em frente ao Palácio Alencastro. “Isso é apenas uma forma de advertir o prefeito, que tem se mostrado intransigente e passado longe da gestão que ele diz ser humanizada. Até o momento o que constatamos foi apenas um gestor impositivo, que não senta sequer para dialogar”, diz o presidente do Sintep, Subsede Cuiabá, João Custódio da Silva.
O sindicalista afirma que o gestor da SME também tem evitado se unir com a categoria e quando isso acontece, parece que o secretário não sabe a real situação em que se encontra a educação na capital. “Chamamos o secretário Rafael Cotrim de secretário fantasma. Tem 4 meses que ele está à frente da pasta e pelo menos 70% dos diretores das unidades escolares nunca o viram”.
João Custódio ainda diz que encaminhamentos feitos pelo secretário e pelo prefeito são equivocados e não condizem com a realidade da área na capital, prejudicando diretamente os educadores. “O projeto Hora Estendida foi simplesmente implantado e dada a ordem de cumprimento. Nunca nos chamaram para dialogar a respeito”.
Além da recomposição salarial e revisão do programa que visa maior tempo de funcionamento das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), a categoria também pede a aprovação da proposta de revisão da Lei Orgânica dos Profissionais da Educação, relatório de reformas e climatização das unidades educacionais, celeridade nas publicações de homologação do estágio probatório.