O governador Pedro Taques solicitou que lideranças indígenas escolham um representante para assumir a Superintendência de Assuntos Indígenas do Estado, ligada à Casa Civil. A decisão foi tomada, hoje, no Palácio Paiaguás, durante reunião com integrantes da Federação Estadual dos Povos Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT).
“Fomos surpreendidos pelo governador ter nos dado a responsabilidade de indicar um indígena para nos representar. Ele foi bastante dinâmico, direto e ficamos muito satisfeitos com a receptividade”, comemora o presidente deliberativo da Federação, Genilson Pareci.
Taques também se comprometeu a participar da assembleia dos povos indígenas na área Pareci, entre 25 e 30 de setembro, com a presença de índios das 43 etnias do Estado representadas pela Federação. “Na ocasião, vamos discutir políticas públicas voltadas às comunidades indígenas”, diz Genilson. Segundo ele, existe uma preocupação entre os índios com a qualidade da saúde e educação nas aldeias, além de criação de postos de trabalho e geração de emprego e renda. “Por isso precisamos que as políticas indígenas estejam bem alinhadas nos âmbitos nacional, estadual e municipal”.
Presente à reunião, o secretário de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários, Suelme Fernandes destaca o aceno positivo do governador na liberação de recurso para ajudar na reforma e ampliação da sede da Federação, na região do Coxipó, em Cuiabá. “É importante para eles. Fora isso, os indígenas representam 45 mil mato-grossenses e nada mais importante do que estreitarmos o diálogo entre o Estado e estas 43 etnias espalhadas por Mato Grosso”.
Conforme Suelme, Taques e lideranças indígenas também conversaram sobre a possibilidade de criação de um museu dos povos indígenas mediante parcerias com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e o curso de Arquitetura da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). “Trata-se de uma agenda muito importante que envolve o resgate da memória dos povos indígenas dentro de um palácio que se chama Paiaguás”.